O início do ano é um momento propício para adotar hábitos mais saudáveis, e muitas pessoas decidem sair do sedentarismo. Contudo, para quem tem valvopatias — alterações nas valvas do coração — é essencial buscar orientação médica antes de começar qualquer prática esportiva.
De acordo com a cirurgiã cardiovascular, Dra. Fabiana Oliveira, as valvopatias podem ser congênitas, adquiridas ou degenerativas. As condições incluem estreitamento (estenose) ou fechamento inadequado (insuficiência) das valvas cardíacas, o que pode causar sintomas como falta de ar, dor no peito, cansaço excessivo e palpitações, principalmente durante atividades físicas intensas.
“A prática de exercícios para pacientes com valvopatias deve ser estimulada quando permitida, pois contribui para a manutenção e melhoria da demanda física, essencial no acompanhamento a longo prazo. No entanto, é imprescindível o acompanhamento de profissionais capacitados para individualizar o treinamento e prevenir complicações”, alerta o especialista.
As valvopatias têm evolução lenta, o que faz com que muitos pacientes reduzam as atividades físicas devido a sintomas progressivos. A gravidade desses sintomas é determinante para a contra-indicação de exercícios e pode ser utilizada como específica para indicar instruções, como cirurgias ou procedimentos minimamente invasivos.
Ao recomendar uma atividade física, o médico deve avaliar o tipo e a intensidade do exercício, além das características da valvopatia do paciente. Em centros especializados, programas de reabilitação cardiovascular oferecem suporte personalizado, embora ainda sejam de difícil acesso para a maioria da população.
“Com liberação médica, os exercícios podem ser realizados de forma criteriosa e segura, sempre acompanhados por profissionais treinados”, reforça a Dra. Fabiana.
Serviço:
Real Instituto Cardiovascular (Ricca)
Endereço: Av. Governador Agamenon Magalhães, 4760 – Paissandu
Instagram: @ricca_rhp
* Com informação da Assessoria e imagem de Freepik