Os professores da rede municipal do Recife realizam, na manhã desta segunda-feira (19), uma nova assembleia no Pátio da Prefeitura. A categoria, em greve desde o último dia 9, vai deliberar sobre a continuidade do movimento e os próximos passos da mobilização. A principal demanda é a reabertura das mesas de negociação, interrompidas de forma unilateral pela gestão do prefeito João Campos.
A greve foi deflagrada após a Prefeitura apresentar uma proposta de reajuste salarial de apenas 2,45%, a ser aplicada a partir de maio. Os educadores reivindicam o pagamento integral do Piso Salarial Nacional do Magistério de 2025, com a aplicação do índice de 6,27% na carreira e a reposição das perdas acumuladas ao longo dos últimos anos.
“A luta pelo piso é também uma luta por respeito. A Prefeitura tem recursos, mas prioriza propaganda em vez da valorização de quem garante a educação”, afirmou Jaqueline Dornelas, da coordenação do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE).
Além da questão salarial, a categoria denuncia o sucateamento da rede municipal de ensino. Entre os problemas apontados estão salas de aula superlotadas, falta de climatização e ausência de políticas eficazes de inclusão para alunos com deficiência.
Para Anna Davi, também da coordenação do SIMPERE, a paralisação é legítima e necessária diante do cenário de desvalorização. “A gestão João Campos tem normalizado o desrespeito com os profissionais da educação. Queremos valorização, condições dignas de trabalho e o cumprimento da lei do piso salarial”, declarou.
O sindicato reforça o chamado à população para apoiar o movimento, que tem como objetivo a defesa de uma educação pública de qualidade e a valorização dos trabalhadores da educação. A assembleia desta segunda-feira é considerada um momento decisivo na luta por avanços concretos nas negociações com o poder público.
Com informação da Assessoria e imagem de Filipe Gondim