Pesquisadores monitoram a movimentação de surucucus em áreas urbanizadas

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) recebeu novos equipamentos para aprimorar o monitoramento das serpentes surucucus (Lachesis rhombeata) na Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe. Os materiais foram adquiridos por meio do programa de conversão de multas ambientais da agência e somam mais de R$ 46 mil em investimentos.


Entre os equipamentos recebidos estão transmissores, receptores e antenas VHF, armadilhas fotográficas, GPS e nanochips, que serão utilizados em pesquisas conduzidas pelo Laboratório Interdisciplinar de Anfíbios e Répteis da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O objetivo é ampliar o estudo sobre a presença crescente da espécie em áreas urbanizadas da APA.

Segundo a gestora da unidade, Cinthia Lima, a alta incidência de surucucus em novos locais levantou questionamentos sobre os impactos ambientais e a necessidade de monitoramento detalhado. “É uma espécie que normalmente vive no interior da floresta e começou a aparecer em áreas urbanizadas. O projeto, que já vinha sendo desenvolvido pela UFRPE, será ampliado com esses novos equipamentos para entendermos melhor a dinâmica desses animais”, explicou.

O estudo, que conta com a colaboração da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), busca mapear as ocorrências da espécie, avaliar seu estado de saúde e planejar ações de conscientização ambiental. Paulo Braga, pesquisador da UFPE, destacou a importância do suporte tecnológico. “Com esses equipamentos, poderemos monitorar melhor a distribuição da espécie e entender os impactos das ações humanas sobre sua conservação”, afirmou.

O programa de conversão de multas tem sido um instrumento essencial para financiar iniciativas ambientais. O diretor de Biodiversidade e Unidades de Conservação da CPRH, Artur Teixeira, ressaltou que essa iniciativa não apenas compensa danos ambientais, mas também estimula o envolvimento dos infratores na preservação da natureza.

Esta é a segunda entrega de equipamentos para o estudo das surucucus. Em 2024, a CPRH já havia recebido 146 materiais, incluindo caixas para transporte de animais, leitores de microchip, termômetros veterinários e balanças de alta precisão, fortalecendo as pesquisas na APA Aldeia-Beberibe.

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