Especialista destaca impacto da displasia e saúde mamária

A displasia mamária, um termo utilizado no passado para descrever alterações benignas no tecido mamário, tem sido substituída na prática médica moderna pela expressão “alterações funcionais benignas da mama”. Essas mudanças são comuns em mulheres em idade reprodutiva, relacionadas a flutuações hormonais e frequentemente manifestadas por nódulos, dor ou sensibilidade nas mamas.


Segundo a mastologista Dra. Ana Beatriz Albuquerque, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional Pernambuco, o termo “displasia mamária” caiu em desuso por gerar confusão e alarme desnecessário entre as pacientes, sugerindo erroneamente a presença de uma doença grave. Hoje, é reservado para condições como a hipertrofia mamária e a gigantomastia, caracterizadas pelo crescimento excessivo do tecido mamário, influenciadas por fatores hormonais, genéticos e obesidade.

Essas condições benignas, apesar de não representarem risco de vida, podem impactar significativamente a qualidade de vida. Além da dor mamária (mastalgia), sintomas comuns incluem dores nas costas, ombros e pescoço devido ao peso excessivo das mamas, além de dermatites causadas por umidade e suor na região.

O tratamento envolve cuidados multidisciplinares, como o uso de sutiãs apropriados, dieta equilibrada, atividade física e controle do peso em casos de obesidade. A cirurgia de mamoplastia redutora bilateral é considerada uma solução eficaz, mas o acesso pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é limitado devido à falta de recursos.

Dra. Ana Beatriz reforça a importância de que as pacientes conheçam seus direitos e busquem alternativas para aliviar os sintomas enquanto aguardam um tratamento definitivo. “Mudanças no estilo de vida e apoio psicológico são fundamentais para melhorar o bem-estar e enfrentar as dificuldades”, ressalta a especialista.

Conscientizar as mulheres sobre a benignidade dessas alterações é essencial para reduzir a ansiedade e incentivar o acompanhamento médico. Com cuidado adequado, é possível aliviar os sintomas e proporcionar mais conforto e qualidade de vida às pacientes que convivem com essas condições.

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