O Dia Mundial de Luta contra a Osteoporose, celebrado em 20 de outubro, reforça a importância da conscientização sobre essa doença silenciosa que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a osteoporose atinge entre 13% a 18% das mulheres e 3% a 6% dos homens com mais de 50 anos, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre idosos.
A osteoporose é caracterizada pela perda de massa óssea e por alterações na estrutura dos ossos, que os tornam frágeis e mais suscetíveis a fraturas. “Nosso esqueleto passa por um processo contínuo de renovação, mas, nos casos de osteoporose, esse equilíbrio é quebrado, o que leva ao enfraquecimento dos ossos”, explica o ortopedista Leonardo Monteiro, da Clifor Olinda. A doença está principalmente associada ao envelhecimento, mas pode afetar também pessoas jovens com distúrbios hormonais, doenças reumáticas ou como consequência do uso de certos medicamentos e câncer.
O grande perigo da osteoporose é seu caráter silencioso, sem sintomas nos estágios iniciais. “Na maioria das vezes, a doença só é descoberta em fases avançadas, quando ocorrem fraturas ou deformidades ósseas, especialmente em áreas como quadril, joelhos, coluna e punhos”, destaca Monteiro. O diagnóstico é confirmado por meio da densitometria óssea, exame que mede a densidade dos ossos.
Entre os fatores de risco para a osteoporose estão a idade superior a 50 anos, predisposição genética, baixa ingestão de cálcio, deficiência de vitamina D, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool. “As mulheres são mais vulneráveis à doença, especialmente após a menopausa, devido à queda nos níveis de estrogênio, que prejudica a manutenção da massa óssea”, complementa o especialista.
Para prevenir a osteoporose, Monteiro sugere a adoção de hábitos saudáveis desde cedo. “É fundamental praticar atividade física regularmente, ter uma dieta rica em cálcio e se expor ao sol para garantir os níveis adequados de vitamina D”, orienta. Nos casos mais graves, o tratamento pode incluir suplementação medicamentosa para evitar a perda adicional de massa óssea. A atividade física também desempenha papel crucial na manutenção e aumento da densidade óssea, além de reduzir o risco de fraturas.
* Com informação de Assessoria e imagem @shutterstock