Alepe realiza audiência pública em alusão ao Dia Internacional das Prostitutas

Na manhã desta segunda-feira (2), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoveu uma audiência pública em homenagem ao Dia Internacional das Prostitutas, celebrado nesta data. Com o tema “Desafios e perspectivas da profissão”, o evento foi realizado no Auditório Senador Ênio Guerra, no centro do Recife, e reuniu representantes de movimentos sociais, autoridades e profissionais do sexo para discutir direitos, vivências e lutas dessa categoria historicamente marginalizada.


A iniciativa foi proposta pelo deputado estadual João Paulo (PT), em parceria com a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Alepe. O parlamentar destacou a importância de dar visibilidade às demandas das profissionais do sexo e garantir espaços institucionais de escuta e construção de políticas públicas.

“Essa audiência é uma forma de reconhecer essas mulheres como trabalhadoras e de enfrentar o preconceito e a invisibilidade a que são submetidas todos os dias”, afirmou João Paulo durante a abertura.

Entre os grupos presentes, esteve a Associação Pernambucana das Profissionais do Sexo (APPS), que atua há mais de duas décadas na defesa de direitos e no enfrentamento à violência e à exclusão social. A entidade ressaltou a necessidade de regulamentação da profissão, proteção social e acesso a serviços de saúde e segurança.

O Brasil conta atualmente com três redes organizadas de prostitutas, cinco coletivos ativos, além da Academia Brasileira de Prostitutas (ABP). Também existe uma grife que comercializa produtos relacionados à causa e um jornal que dá voz às profissionais do sexo em diversos estados do país.

Para as participantes, o evento representou um marco de resistência e dignidade. “É um passo importante quando o poder público nos escuta e entende que nossa luta é por respeito, por vida e por direitos”, declarou uma das lideranças presentes.

O Dia Internacional das Prostitutas é celebrado desde 1975, quando um grupo de mulheres ocupou uma igreja em Lyon, na França, para protestar contra a repressão policial. Desde então, a data se tornou um símbolo da luta por reconhecimento e contra a estigmatização das trabalhadoras do sexo em todo o mundo.

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