O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, anunciou nesta terça-feira (8) uma série de medidas de contenção e racionalização administrativa para adequar as despesas ao orçamento atual da instituição. Em entrevista coletiva, o gestor afirmou que, mesmo com os cortes, os recursos só garantem o funcionamento da universidade até outubro. Para os dois últimos meses do ano, será necessária uma suplementação de R$ 23,9 milhões.
A UFPE conta atualmente com 68 contratos ativos, que sofrerão redução de um terço, com cortes entre 10% e 25%, dependendo do serviço. O orçamento aprovado inicialmente para 2025 foi de R$ 170 milhões. Em junho, o governo federal fez uma recomposição de R$ 7,9 milhões, mas o valor continua insuficiente diante da demanda mensal da universidade, que gira em torno de R$ 17 milhões.
Entre as ações anunciadas estão a suspensão dos editais de fomento à graduação, pós-graduação, extensão, pesquisa e inovação, bem como a suspensão dos editais de capacitação e a redução de diárias e passagens. Também haverá uma suspensão parcial das atividades didático-pedagógicas na graduação, sendo autorizadas apenas aulas de campo consideradas imprescindíveis.
Apesar das restrições, o reitor assegurou que as bolsas de assistência estudantil serão mantidas, assim como as demais bolsas destinadas aos estudantes e o funcionamento dos restaurantes universitários dos campi do Recife e de Caruaru. “Mais de 50% dos nossos estudantes são oriundos de escolas públicas e do sistema de cotas. Não vamos reduzir a assistência estudantil”, declarou Alfredo Gomes.
A administração central da UFPE segue em diálogo com o governo federal na tentativa de garantir os recursos adicionais necessários para concluir o ano letivo sem comprometer atividades essenciais.
Com informação da Assessoria e imagem de Instagram @carlosmgomes
