Na última segunda-feira (21), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizou uma visita à Escola Estadual Severino Gouveia de Lima, localizada no Município de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. A ação foi em comemoração ao Dia Nacional da Alimentação Escolar e contou com a participação da presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, e da vice-presidenta, Cintia Sales, além de outros membros do Conselho de Alimentação Escolar de Pernambuco (CAE) e da deputada estadual Rosa Amorim, representando a Frente Parlamentar contra a Fome e o direito à Segurança Alimentar.
Durante a visita, o Sintepe constatou diversas irregularidades no fornecimento, preparo e armazenamento da merenda escolar. Um dos principais problemas identificados foi a existência de uma cozinha improvisada, onde um botijão de gás estava armazenado ao lado do fogão, apresentando risco à segurança. Os refrigeradores, por sua vez, estavam em um espaço inadequado, expostos à presença de animais de rua, e um tijolo era utilizado para sustentar uma das pernas de um dos eletrodomésticos.
Além das condições físicas inadequadas, os estudantes relataram a falta de diversidade na merenda, que frequentemente se resumia ao uso excessivo de sardinha. Devido à repetição dos insumos, muitos alunos recorrem à compra de lanches em fiteiros localizados nas proximidades da escola, uma prática que não é permitida. A direção do sindicato também observou áreas descobertas destinadas ao armazenamento da merenda, comprometendo ainda mais a qualidade dos alimentos.
José Joaquim, representante do CAE, ressaltou a ausência de resposta dos órgãos competentes em relação às denúncias sobre a precariedade da alimentação escolar em instituições de ensino público em Pernambuco. Ele destacou que, apesar da entrega de relatórios ao Governo do Estado e à Secretaria de Educação desde 2014, as necessidades básicas dos alunos, como refeitório e cozinha adequados, continuam sem solução.
A presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, enfatizou a importância do sindicato na luta por uma educação de qualidade, que não se limita aos educadores, mas também abrange os direitos dos estudantes. Ela afirmou que a situação da escola visitada é um exemplo do que não deve ocorrer em um ambiente escolar, evidenciando a falha do poder público em garantir uma alimentação adequada e de qualidade.
Diante dos problemas identificados, o Sintepe e seus membros do CAE se comprometeram a buscar uma resposta do Governo do Estado e a exigir as melhorias necessárias, assegurando que os direitos dos estudantes e trabalhadores da educação sejam respeitados e atendidos. A luta por uma merenda escolar de qualidade, assim como pela infraestrutura adequada nas escolas, permanece uma prioridade para o Sintepe.
* Com informação e imagem de Assessoria