O Sindicato das Professoras e Professores da Rede Municipal do Recife (SIMPERE) se junta ao Ato Unificado das Servidoras e Servidores do Recife nesta quarta-feira (23), com concentração marcada para às 9h, na Câmara Municipal. A mobilização é uma adesão à paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e integra a 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, com o tema “Escola pública não é negócio. É direito!”.
A manifestação visa pressionar a gestão do prefeito João Campos pelo cumprimento da Lei Federal 11.738/2008, que garante o reajuste anual do piso salarial dos profissionais da educação básica. O SIMPERE exige o reajuste de 6,27%, com repercussão em toda a carreira e retroativo a janeiro, além de denunciar o descaso da atual administração municipal com os servidores da educação.
Jaqueline Dornelas, diretora do SIMPERE, critica a postura da gestão e ressalta que, apesar das propostas rebaixadas oferecidas pela Prefeitura, a categoria não se conforma com a falta de avanço nas negociações. “Essa luta é por valorização, por respeito, por justiça”, afirma Dornelas.
Outro ponto destacado pelos sindicalistas é o aumento insignificante no valor do tíquete-alimentação, que, segundo Anna Davi, também da diretoria do sindicato, é um insulto para quem contribui diariamente para a educação nas escolas municipais. “R$ 1 de acréscimo no tíquete-alimentação é um absurdo para os profissionais que sustentam a educação pública”, declara Davi.
A paralisação é parte de uma mobilização nacional contra os retrocessos na educação pública e as condições de trabalho precárias enfrentadas pelos profissionais. O SIMPERE segue em estado de greve, aprovado por unanimidade em assembleia, e convoca todos os professores e professoras a se unirem à causa. A luta por uma educação pública de qualidade só será possível com profissionais devidamente valorizados e com condições reais de trabalho.
Com informação da Assessoria