Reconhecimento precoce do Diabetes em crianças é foco de campanha da SBD

O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de casos de diabetes tipo 1 (DM1) em crianças e adolescentes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). A entidade alerta que a falta de diagnóstico precoce tem levado muitas crianças a desenvolverem cetoacidose diabética, quadro grave que exige internação e representa risco de vida.


O Diabetes Mellitus tipo 1 é uma doença crônica causada pela destruição das células B do pâncreas, que resulta na deficiência de insulina e no aumento do nível de glicose no sangue. Entre os principais sintomas são sede intensa, aumento da frequência urinária, alterações no apetite, perda de peso inexplicável, cansaço extremo, visão embaçada e irritabilidade. No Brasil, esses sinais muitas vezes ficam desesperados, e o diagnóstico só ocorre em atualizações avançadas.

De acordo com Raphael Liberatore Junior, professor de Endocrinologia Pediátrica e membro do Departamento de Diabetes Tipo 1 da SBD, “a cetoacidose diabética é o grau máximo de descompensação da doença, colocando a vida da criança em risco”. Destaca-se que em países como Finlândia, Suécia e Noruega, onde a prevalência do DM1 é ainda maior, o diagnóstico precoce é comum graças à ampla conscientização da população.

Visando reverter esse cenário, a SBD lançou uma campanha educativa neste mês, quando se comemora o Dia Mundial do Diabetes. A ação inclui vídeos nas redes sociais, aulas para leigos e presença na mídia para divulgar os sinais precoces da doença. A campanha enfatiza que o reconhecimento imediato dos sintomas pode evitar complicações graves.

Outro destaque é um projeto de extensão da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), que realizará ações educativas para alertar pais e cuidadores sobre a importância de identificar sinais precoces de diabetes tipo 1. “Quanto mais pessoas, como pais, avós e professores , conheçam os sintomas, mais vidas poderão ser salvas”, conclui Liberatore Junior.

A busca iniciativa reduz os índices alarmantes de internações por cetoacidose e garante melhor qualidade de vida às crianças brasileiras com DM1.

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