Professores da Rede Municipal do Recife reforçam mobilização por direitos

Os professores e professoras da Rede Municipal do Recife seguem mobilizados e alertam para a possibilidade de deflagração de greve a partir da próxima sexta-feira, 10 de maio, caso não haja avanço nas negociações com a Prefeitura. A categoria, que está em estado de greve desde 10 de abril, realiza na última segunda-feira (5) uma nova vigília em frente à Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire (EFER), na Zona Norte da cidade, enquanto ocorre mais uma rodada de negociação entre o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) e a gestão do prefeito João Campos (PSB).


A assembleia geral que pode decretar oficialmente a paralisação está marcada para esta terça-feira (6), às 8h, no Clube Português do Recife. A decisão será tomada após semanas de insatisfação da categoria com as propostas apresentadas pela gestão municipal, consideradas insuficientes e desrespeitosas em relação à legislação do magistério.

A última proposta da Prefeitura prevê reajuste de 1,5% em abril e 2,25% em julho, percentual que ignora o índice de 6,27% estabelecido pelo Piso Nacional do Magistério. Além disso, a gestão municipal não apresentou solução para a recomposição das perdas salariais acumuladas de 12,78% dos anos anteriores, uma das principais reivindicações da categoria.

“A Prefeitura tenta empurrar com a barriga uma pauta urgente. É inaceitável que uma capital como o Recife continue violando o direito ao piso e à jornada legal”, critica Anna Davi, coordenadora geral do SIMPERE.

A categoria afirma que está cansada de promessas não cumpridas e exige valorização real da carreira docente. A mobilização nas escolas segue intensa, com participação crescente dos profissionais da educação e apoio da comunidade escolar.

“A nossa luta é pelo que é de direito. Educação de qualidade só existe com valorização de quem faz a escola acontecer”, reforça Jaqueline Dornelas, também coordenadora do sindicato.

O SIMPERE convoca todos os profissionais da rede municipal para participarem da assembleia do dia 6 e se manterem mobilizados para fortalecer a luta coletiva. Caso não haja proposta concreta da gestão até o final desta semana, a greve será deflagrada no dia 10 de maio.

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