Com a crescente demanda por alternativas alimentares mais saudáveis, termos como “diet”, “zero”, “light” e “fit” estão cada vez mais presentes nas prateleiras dos supermercados. Embora essas nomenclaturas possam parecer claras, há diferenças importantes entre elas. A nutricionista Izabele Acioli, da Hapvida NotreDame Intermédica, explica como essas classificações variam e a importância de ler os rótulos dos produtos para uma alimentação equilibrada.
De acordo com Izabele, os alimentos “diet” são aqueles que têm a exclusão total de um ou mais nutrientes, como açúcar, sal ou gordura. “Esses produtos são indicados para pessoas com restrições alimentares, como diabéticos, ou para quem tem necessidades específicas. No entanto, a retirada de um nutriente muitas vezes leva à adição de outro em maior quantidade para compensar o sabor”, afirma.
Já os alimentos “zero” são isentos de um determinado nutriente, como açúcar ou gordura, e não possuem substituição desse ingrediente. “Produtos zero têm menos calorias e são uma boa opção para quem busca uma redução de calorias, mas sem a adição de substâncias substitutas”, explica o especialista.
Os produtos “light”, por sua vez, apresentam uma redução mínima de 25% em algum nutriente ou calorias em comparação à versão tradicional. “Eles são uma alternativa para quem busca diminuir o consumo de certos ingredientes, mas não necessariamente isenta-los”, esclarece a nutricionista.
Por fim, os alimentos “fit” são voltados ao público que adota um estilo de vida mais saudável e, por isso, contêm ingredientes mais nutritivos, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais e fontes de proteína. “Esses produtos têm uma composição mais equilibrada, com menos aditivos e mais naturais”, ressalta Izabele.
Um alerta ao nutricionista, no entanto, que é essencial ler os rótulos para entender a real composição dos produtos e evitar surpresas. “O marketing alimentar pode induzir ao erro, então é fundamental saber o que realmente estamos consumindo”, diz. Ela sugere que o consumidor verifique a ordem dos ingredientes, que deve seguir a quantidade que aparece no produto, e fique atento aos nomes alternativos para o açúcar, como xarope de milho, glicose, frutose, entre outros.
Izabele também destaca que o valor diário de nutrientes, indicado como “%VD” nos rótulos, deve ser levado em consideração para avaliar se um produto é adequado para suas necessidades diárias. “Prefira alimentos com baixo %VD para gorduras saturadas, sódicas e gorduras trans, e com alto teor de fibras”, recomenda.
A nutricionista finaliza lembrando que, embora esses produtos possam ser úteis para algumas pessoas, a base de uma alimentação saudável deve ser composta por alimentos naturais e minimamente processados. “O equilíbrio é a chave para uma dieta nutritiva e adequada às necessidades de cada um”, conclui.
Essas orientações ajudam a tomar decisões alimentares mais conscientes, sem cair nas armadilhas do marketing e garantindo uma alimentação equilibrada para o bem-estar.
* Com informação e imagem de Assessoria