O Nordeste apresentou desempenho positivo na geração de empregos formais em abril, contribuindo com 17,7% das 257.528 vagas criadas no Brasil. A Região abriu 45.642 novos postos com carteira assinada no mês, segundo levantamento da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), com base nos dados do Novo Caged.
No acumulado do ano, o saldo regional alcança 78.567 vagas, o que representa uma média mensal de 19,6 mil empregos formais — cerca de 8,5% do total nacional. Todos os nove estados nordestinos registraram saldo positivo na geração de empregos em abril.
Bahia (14.353), Ceará (9.221) e Pernambuco (7.501) lideraram o ranking regional, respondendo por mais de dois terços do total. Em seguida, vieram Maranhão (3.582), Piauí (3.218), Rio Grande do Norte (2.927), Sergipe (2.849), Paraíba (1.577) e Alagoas (414).
O setor de serviços foi o principal motor da recuperação do emprego, responsável por 29.855 novas vagas, o equivalente a 65% do total. Destaque para as atividades administrativas (10.426), saúde (4.362) e educação (3.433). Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte concentraram 79% dos postos gerados no segmento.
A construção civil também teve bom desempenho, com 10.662 vagas abertas, especialmente no Ceará (2.472), Bahia (2.304) e Pernambuco (1.640). Já o comércio somou 8.463 postos, puxado pelos mesmos três estados.
Em contrapartida, a indústria registrou saldo negativo de 152 vagas, impactada pelas perdas em Pernambuco (-2.988) e Alagoas (-1.883), apesar dos crescimentos na Bahia (2.712) e Ceará (1.340). A agropecuária também teve retração, com queda de 3.183 vagas. Sergipe foi o único estado com resultado positivo no setor, com 99 novos postos.
Para o economista Miguel Vieira, da Sudene, “o desempenho de abril reverte o resultado negativo de março, com o setor de serviços sendo decisivo para essa virada”.
Com informação da Assessoria e imagem de Depositphotos