Mais de 900 escolas participam de protesto do Sintepe por melhoria na Educação

O Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) promoveu, nesta quarta-feira (23), uma grande paralisação nas escolas estaduais, com a adesão de mais de 900 unidades de ensino, representando aproximadamente 90% das escolas do estado. A mobilização, que também contou com uma passeata no Recife, teve como destino a Assembleia Legislativa, onde os protestantes participaram de uma audiência pública sobre a qualidade da merenda escolar.


A paralisação, que envolveu professores, funcionários da educação, estudantes e comunidades escolares, teve como principal objetivo chamar a atenção para as condições precárias das escolas públicas de Pernambuco. As principais reivindicações incluem melhorias na infraestrutura das unidades escolares, como a climatização das salas de aula, a entrega de kits escolares e, principalmente, a valorização dos profissionais da educação.

A presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, destacou questões graves, como o sucateamento das escolas e a falta de recursos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Caetano cobrou explicações do Governo do Estado sobre a devolução de mais de R$ 30 milhões do PNAE, recursos que, segundo ela, foram destinados para a alimentação dos estudantes, mas não foram aplicados pelo governo estadual. “O Governo precisa explicar por que deixou os estudantes passando fome em 2023”, afirmou Ivete Caetano.

Ela também ressaltou os impactos da não utilização desses recursos, que resultam em um repasse reduzido no ano seguinte, afetando ainda mais a qualidade da alimentação escolar e o atendimento aos estudantes. A presidenta alertou para o risco de uma “penalização” da população pernambucana, caso o governo continue com a gestão inadequada desses recursos.

Segundo o levantamento feito pelo Sintepe, até as 19h de quarta-feira (23), 940 escolas participaram da paralisação. Deste total, 67,2% fecharam completamente, 27,2% fecharam parcialmente e 5,6% realizaram atividades alusivas ao movimento. O Sindicato continuará suas ações nesta quinta-feira (24), quando será realizada uma Assembleia Geral com a categoria para discutir a contraproposta do Governo à Pauta de Reivindicações apresentada este ano.

A paralisação reflete o crescente descontentamento dos profissionais da educação com a falta de investimentos e a deterioração das condições de trabalho nas escolas estaduais de Pernambuco, apontando para a necessidade urgente de mudanças no setor educacional do estado.

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