Em casos de homicídio, principalmente quando o corpo da vítima é encontrado em estado avançado de decomposição, determinar a data da morte pode se tornar um grande desafio para os legistas. Diante dessa dificuldade, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) têm apostado em uma abordagem inusitada, mas altamente eficaz: o uso de larvas de insetos na investigação forense.
No Laboratório de Insetos de Importância Forense, vinculado ao Departamento de Zoologia da UFPE, uma equipe de cientistas estuda como diferentes espécies de insetos podem auxiliar na perícia criminal. A iniciativa faz parte de uma pesquisa que integra entomologia — o estudo dos insetos — e ciência forense, com o objetivo de contribuir com a elucidação de crimes.
Segundo os pesquisadores, insetos como moscas e besouros, que colonizam cadáveres logo após a morte, seguem um ciclo de desenvolvimento previsível. A análise das larvas presentes no corpo pode indicar com precisão o tempo decorrido desde o óbito, auxiliando na estimativa da chamada “data mínima de morte”.
Esse tipo de informação é fundamental para investigações policiais, especialmente em casos em que não há testemunhas ou registros do crime. Além disso, os insetos podem fornecer pistas sobre se o corpo foi movido, a presença de substâncias tóxicas e até mesmo o ambiente em que a morte ocorreu.
A pesquisa reforça o papel cada vez mais relevante da entomologia forense no Brasil, área que ainda está em fase de consolidação no país, mas já apresenta resultados promissores. O trabalho é acompanhado pela Superintendência de Comunicação da UFPE, que produziu uma reportagem em vídeo sobre o projeto.
A equipe da Assessoria de Comunicação (Ascom/UFPE) destaca que o estudo também tem caráter educativo, contribuindo para a formação de novos profissionais na interface entre biologia e investigação criminal.
Mais informações e a reportagem completa estão disponíveis no site da UFPE:
https://www.ufpe.br/ascom/noticias/-/asset_publisher/O3Odar12gQTr/content/larvas-de-insetos-auxiliam-na-investigacao-de-crimes/40615
Com informação da Assessoria
