Fisioterapia aquática é alternativa eficaz para recuperação de doenças neurológicas

As doenças neurológicas representam um desafio crescente para a saúde pública mundial, afetando mais de 40% da população e sendo responsáveis por mais de 11 milhões de mortes por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os tratamentos recomendados para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, a fisioterapia aquática vem ganhando destaque por seus resultados positivos em condições que comprometem força, mobilidade e equilíbrio.


O coreógrafo e dançarino Carlinhos de Jesus, referência nacional no mundo da dança, é um dos pacientes que recentemente passou a utilizar a modalidade como parte do seu processo de reabilitação. Ele foi diagnosticado com neuro radiculopatia desmielinizante crônica, uma doença autoimune que causa inflamação e danos à bainha de mielina dos nervos, provocando perda de força muscular e limitação funcional. Além disso, enfrenta bursite trocantérica e tendinite nos glúteos, condições que agravam o quadro e dificultam sua mobilidade, levando-o ao uso de cadeira de rodas.

Para ampliar suas possibilidades de recuperação, o artista iniciou sessões de fisioterapia e hidroterapia, técnicas essenciais para redução da dor, melhora da função muscular e estímulo à independência. Segundo especialistas, a fisioterapia aquática é especialmente benéfica para pacientes com doenças neurológicas como AVC, paralisia cerebral, esclerose múltipla, Parkinson e lesões traumáticas, já que o ambiente aquático reduz o impacto da gravidade, facilita movimentos antes impossíveis e promove maior segurança durante a execução dos exercícios.

O fisioterapeuta Rogério Antunes explica que a água oferece propriedades únicas que favorecem o tratamento, como resistência natural e flutuação, que ajudam na melhora do equilíbrio, da coordenação e da flexibilidade. Além disso, a prática contribui para a diminuição da espasticidade — rigidez excessiva dos músculos — e proporciona alívio significativo da dor, fatores fundamentais para a evolução funcional de pacientes neurológicos.

Com abordagem segura e eficaz, a fisioterapia aquática vem se consolidando como uma aliada importante no processo de reabilitação, especialmente para aqueles que enfrentam limitações severas. O caso de Carlinhos de Jesus reforça a relevância da técnica e inspira outros pacientes a buscarem alternativas que favoreçam autonomia, mobilidade e qualidade de vida.

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