A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) firmou, na última quarta-feira (20), um acordo de cooperação com o Instituto Amazônia+21 para transformar a Caatinga em um polo de investimentos sustentáveis. O objetivo é viabilizar soluções socioambientais por meio de linhas de fomento com recursos de capital comercial e filantrópico.
O compromisso foi oficializado pelo presidente da FIEPE, Bruno Veloso, e pelo presidente do Instituto e da Federação das Indústrias de Rondônia, Marcelo Thomé, durante a apresentação da Facility Investimentos Sustentáveis, ferramenta que reúne recursos, assistência técnica e engajamento multissetorial para atrair capital em larga escala.
Veloso destacou que a Caatinga representa 11% do território nacional e 84% de Pernambuco, e pode ser decisiva para novos caminhos de desenvolvimento. “Nossa gestão tem como pilar a governança social, ambiental e corporativa. Queremos transformar boas ideias em ações concretas, com impacto real para quem vive e empreende na região”, afirmou.
Para Marcelo Thomé, a ausência de políticas estruturantes leva à adoção de práticas de sobrevivência que degradam o bioma. Ele defendeu a criação de um fundo catalítico para atrair investimentos sustentáveis com segurança jurídica e transparência. “Precisamos conservar e restaurar a Caatinga. Quanto mais ativos naturais tivermos, mais negócios e inclusão econômica”, ressaltou.
O presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEPE, Anísio Coelho, reforçou o potencial do bioma, citando sua capacidade de gerar energia limpa e oportunidades de negócios. O secretário estadual de Meio Ambiente, Daniel Coelho, defendeu o alinhamento entre preservação e alternativas econômicas. “Não conseguimos discutir conservação sem oferecer desenvolvimento sustentável para a região”, afirmou.
O superintendente do Ibama em Pernambuco, Daniel Brandt Galvão, elogiou o engajamento industrial com práticas ambientais, enquanto o presidente da CPRH, José Anchieta, reforçou o apoio do órgão e a importância da educação ambiental.
Já o diretor regional da FIEPE no Sertão do Araripe, Fábio Monteiro, alertou para desafios energéticos locais, defendendo esforços conjuntos entre poder público, setor produtivo e sociedade para soluções sustentáveis que conciliem desenvolvimento e preservação.
Com informação da Assessoria e imagem de Reprodução/ Site
