Estudo da Sudene revela desafios e conquistas das mulheres do Nordeste

Um estudo inédito da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) revelou que as mulheres da região possuem maior escolaridade que os homens, mas enfrentam uma jornada dupla e desigualdade de renda. Os dados fazem parte do boletim temático “Mulheres do Nordeste”, divulgado nesta sexta-feira (07), em alusão ao Dia Internacional da Mulher.


De acordo com o levantamento, as nordestinas possuem média de 8,9 anos de estudo, superior aos 8,1 anos dos homens. Elas também representam 56,98% dos concluintes de cursos de pós-graduação na região. Apesar desse avanço educacional, as mulheres ainda enfrentam disparidades salariais, recebendo em média R$ 1.699,00 por mês – 15% a menos do que os homens.

O levantamento também aponta que as mulheres dedicam, em média, 23,5 horas semanais a atividades domésticas e de cuidado, enquanto os homens gastam 11,8 horas nessas mesmas funções. Além disso, a vulnerabilidade social das nordestinas é a maior do Brasil, com um Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) de 0,313.

Na política, as mulheres são maioria entre os eleitores do Nordeste (53%) e ocupam 21% das prefeituras da região, o maior índice do país. No legislativo municipal, elas representam 19,5% dos cargos.

Para fortalecer a inclusão econômica das mulheres, a Sudene tem investido em programas como o FNE Mulher, que facilita o acesso ao crédito para empreendedoras, e o Inova Mulher, que apoia projetos inovadores liderados por mulheres, destinando R$ 4 milhões para iniciativas em áreas como bioeconomia e educação.

“O Nordeste só cresce com a força de suas mulheres, e nosso papel é garantir condições para que elas transformem a realidade econômica e social da região”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

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