Especialista esclarece a ameaça silenciosa do Epstein-Barr com associação a Linfomas

O vírus Epstein-Barr (EBV), presente em mais de 90% da população adulta mundial, tem sido associado a diferentes tipos de linfomas, despertando preocupação na comunidade médica. O EBV é um herpesvírus que pode permanecer em estado latente no organismo e, sob determinadas condições, desencadear processos oncológicos, como o linfoma de Hodgkin (LH), o linfoma de Burkitt (LB) e algumas formas de linfoma não Hodgkin (LNH).


A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classifica o EBV como um carcinógeno do Grupo I, ou seja, um agente comprovadamente cancerígeno para humanos. A ligação entre o vírus e os linfomas é especialmente preocupante em pacientes imunocomprometidos, como aqueles que receberam transplantes de órgãos, já que o risco de desenvolver distúrbios linfoproliferativos nesses indivíduos é significativamente maior.

Estudos indicam que aproximadamente 40% dos casos de LH no mundo estão associados ao EBV, com variações dependendo de fatores geográficos e demográficos. A relação entre o vírus e o LB é ainda mais evidente em regiões como a África Subsaariana, onde a incidência da doença é elevada entre crianças.

O impacto clínico dos linfomas EBV-positivos também chama atenção devido ao seu curso frequentemente agressivo e à pior resposta a determinados tratamentos. Pesquisadores seguem investigando estratégias terapêuticas mais eficazes para esses casos, incluindo imunoterapias e abordagens que visam bloquear a ação do vírus no desenvolvimento do câncer.

Médicos reforçam a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento de pacientes com fatores de risco, a fim de aumentar as chances de sucesso no tratamento. A conscientização sobre os riscos do EBV e seu papel na oncogênese é fundamental para avançar no combate a essas doenças.

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