Os casos de coqueluche em Pernambuco têm chamado a atenção das autoridades de saúde, especialmente devido ao crescimento de diagnósticos em adultos com 20 anos ou mais. A doença, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é altamente contagiosa e afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva, e os sintomas incluem tosse seca e persistente, semelhantes aos de um resfriado.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), até 15 de fevereiro, foram registrados 11 casos suspeitos em pessoas acima dos 20 anos, com duas confirmações. Esse número representa um aumento expressivo em relação a 2024 e 2023, quando não houve notificações desse tipo.
O infectologista Filipe Prohaska, da Hapvida, alerta que a coqueluche em adultos muitas vezes é subestimada. Os principais sintomas incluem tosse ladrante (também chamada de tosse de cachorro), crises de tosse súbitas e dificuldade respiratória. Para diagnóstico, são solicitados exames como cultura de secreção da nasofaringe e PCR. “É fundamental identificar a doença precocemente para iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível”, explica o especialista.
O tratamento da coqueluche envolve o uso de antibióticos para controlar a infecção e reduzir a intensidade da tosse. Segundo Prohaska, a adesão correta ao tratamento é essencial para evitar complicações. “Se a doença não for controlada rapidamente, o paciente pode levar até dois meses para se recuperar totalmente”, ressalta.
A principal forma de prevenção é a vacinação. O Calendário Nacional de Imunização do Ministério da Saúde recomenda que crianças até um ano recebam a vacina Pentavalente (DTP+HIB+HB), enquanto aquelas entre um e seis anos devem tomar a DTP (tríplice bacteriana) ou DTPa (tríplice acelular). Em casos isolados ou surtos, a SES-PE recomenda a vacinação seletiva para aumentar a cobertura vacinal na área afetada.
Outra medida importante é o isolamento dos pacientes suspeitos. Como a transmissão da coqueluche ocorre com facilidade em ambientes lotados, o uso de máscara e a permanência em casa durante o período de infecção são recomendados para evitar a disseminação da doença.
* Com informação da Assessoria