A efervescência carnavalesca e o patrimônio histórico de Olinda ganham um contraponto inusitado no documentário Olinda Sacra – Um Olhar Mineiro sobre Olinda, dirigido por Paulo Rogério Lage. O filme, que estreia nesta quarta-feira (12), às 20h, no adro do Mosteiro de São Bento, oferece uma imersão na vida monástica da cidade e resgata seu lado menos explorado: a espiritualidade e os ritos religiosos que atravessam os séculos.
A produção acompanha a rotina dos mosteiros e conventos olindenses, partindo das Laudes matinais no Mosteiro de São Bento até as Vésperas entoadas pelas freiras beneditinas da Misericórdia. Com fotografia assinada por Toinho Melcop e cinegrafia de Nilton Pereira, o filme captura a atmosfera contemplativa desses espaços, ressaltando sua importância histórica e cultural.
Para a realização do documentário, a equipe obteve acesso exclusivo a clausuras de conventos como o do Carmo e o de São Francisco. O apoio de líderes religiosos, como Dom Luiz Soares, abade do Mosteiro de São Bento, e Frei Marconi Lins, guardião do Convento de São Francisco, foi fundamental para registrar esse universo pouco conhecido pelo público.
A trilha sonora reforça o diálogo entre o sagrado e a identidade cultural da cidade. O documentário conta com gravações ao vivo das orações monásticas e a presença de Galho Seco, do compositor pernambucano Jacaré, além do Baião Barroco, de Juarez Moreira.
Mais do que um registro visual, Olinda Sacra é um convite à reflexão sobre a relação da cidade com a fé e a diversidade religiosa. “Olinda é conhecida pelo Carnaval, mas sua vida religiosa também é intensa e merece reconhecimento”, afirma o diretor. A exibição gratuita permite ao público descobrir uma Olinda para além da festa, onde o sagrado e o histórico se encontram.
* Com informação da Assessoria