Celebrado internacionalmente em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes tem como principal objetivo ampliar a conscientização sobre uma das doenças crônicas que mais cresce no mundo. Criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data chama atenção para os desafios no enfrentamento da condição, que já afeta mais de 400 milhões de pessoas globalmente, segundo estimativas da IDF.
A iniciativa destaca a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento adequado. O diabetes possui diferentes classificações, entre elas os tipos 1, 2 e o diabetes gestacional. O Tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células produtoras de insulina, sendo mais comum em crianças e jovens adultos. Já o Tipo 2, que responde pela maioria dos casos, está fortemente relacionado ao estilo de vida, incluindo alimentação inadequada, sedentarismo e excesso de peso. O diabetes gestacional, por sua vez, surge durante a gravidez e aumenta o risco de desenvolvimento de Diabetes Tipo 2 no futuro.
Entre as alternativas terapêuticas, a cirurgia bariátrica vem ganhando destaque no controle do Diabetes Tipo 2, especialmente em pacientes com obesidade. De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França, que atua há cerca de 30 anos na área, o procedimento está consolidado como uma das estratégias mais eficazes para o controle da doença. “A cirurgia bariátrica, apesar da infinidade de novos tratamentos que surgem a cada dia, permanece como o método mais eficaz, duradouro e de baixo custo contra a obesidade, sendo disponibilizada pelo SUS e planos de saúde. Com a perda de peso significativa proporcionada pela cirurgia, o paciente consegue controlar o diabetes e outras comorbidades associadas”, afirma.
A escolha do dia 14 de novembro não é aleatória. A data homenageia Frederick Banting, um dos descobridores da insulina — hormônio essencial para pacientes com Diabetes Tipo 1. Em 2006, a Organização das Nações Unidas oficializou o Dia Mundial do Diabetes por meio da resolução nº 61/225, reforçando o caráter epidêmico da doença e seu impacto social e econômico. A cor azul passou a simbolizar a campanha, representando a união global no enfrentamento ao diabetes.
As ações promovidas ao longo do mês e no dia 14 têm como foco alertar para os riscos, incentivar políticas públicas, orientar sobre hábitos de vida saudáveis e reforçar o papel do acompanhamento multiprofissional, fundamental para garantir qualidade de vida aos pacientes e seus familiares.
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