No próximo dia 19 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, data criada para chamar atenção à enxaqueca, uma das doenças neurológicas mais incapacitantes do mundo. Estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas sofram com o problema globalmente, com prevalência maior entre as mulheres.
Segundo o neurocirurgião Luiz Severo, PhD em dor e autor do best-seller Você não precisa sentir dor, a enxaqueca vai muito além de uma dor de cabeça. “Náuseas, sensibilidade à luz e ao som, tonturas e fadiga são sintomas frequentes que impactam intensamente a vida do paciente”, explica o especialista.
Severo também alerta para o uso abusivo de analgésicos, que pode transformar crises esporádicas em um quadro crônico. “É uma armadilha comum que dificulta o controle da doença”, afirma, referindo-se à chamada cefaleia por uso excessivo de medicação.
Apesar dos desafios, a medicina tem avançado no tratamento da enxaqueca. Destaque para os anticorpos monoclonais anti-CGRP, conhecidos como “vacina da enxaqueca”, o uso da toxina botulínica tipo A (Botox®) em casos crônicos, além de técnicas de neuromodulação não invasiva, que regulam a atividade cerebral sem medicação.
Para marcar a data, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) promove no dia 21 de maio o “I Encontro para Conscientização, Orientação e Prevenção da Enxaqueca e Outros Tipos de Cefaleias Primárias”, no auditório da Adufepe. O evento contará com uma palestra do Dr. Luiz Severo, abordando diagnóstico e tratamento da enxaqueca no Sistema Único de Saúde (SUS).
A programação é voltada a profissionais da saúde, educadores, estudantes e gestores, com o objetivo de promover o diagnóstico precoce e abordagens terapêuticas personalizadas. A entrada é gratuita e aberta ao público.
Com informação da Assessoria