Dez mestres e grupos culturais são homenageados como Patrimônios Vivos em PE

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundarpe, divulgou na última semana o resultado do 20º Concurso Público do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco (RPV–PE), edição 2025. Com a escolha de mais dez mestres, mestras e grupos culturais, o estado alcança agora a marca de 115 Patrimônios Vivos registrados, representando diversas regiões do estado.


A eleição ocorreu em reunião presencial do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC-PE), na Academia Pernambucana de Letras, que avaliou criteriosamente as candidaturas com base em critérios técnicos e culturais.

Entre os novos Patrimônios Vivos estão importantes representantes da cultura popular pernambucana, como Dona Maria Viúva, guardiã do Maracatu de Baque Solto em Glória do Goitá; o grupo Boi Tira-Teima, símbolo do Bumba Meu Boi em Caruaru; e Mestra Mariquinha, referência do Samba de Coco em Tupanatinga. Também foram reconhecidos o Maestro Edson Rodrigues, ícone do frevo recifense; Mestra Joana Cavalcante, primeira mulher a liderar uma Nação de Maracatu; e Dona Dá, figura central do Carnaval de Olinda.

Outros destaques incluem o Maracatu Nação Raízes de Pai Adão, representante da tradição afro-brasileira; Mestre Lourenço, artesão da palha de Goiana; Terezinha do Acordeon, pioneira entre as sanfoneiras; e Xirumba Amorim, fotógrafo e artista plástico que documenta a realidade nordestina há mais de 50 anos.

A Lei Estadual nº 12.196, de 2002, foi pioneira ao instituir o título de Patrimônio Vivo em Pernambuco, com a concessão de pensão vitalícia aos mestres e grupos culturais, incentivando a preservação e transmissão dos saberes tradicionais. Inicialmente, três novos nomes eram registrados por ano. Em 2016, a lei foi ampliada para seis títulos anuais devido ao aumento das inscrições. Em 2021, a Lei nº 17.489 elevou o limite para dez registros anuais, refletindo o crescimento e a diversidade cultural do estado.

A presidente da Fundarpe, Renata Borba, ressaltou a importância da política pública: “Além do reconhecimento, essas pessoas e grupos culturais assumem a responsabilidade de transmitir seus saberes e tradições para as gerações presentes e futuras”.

O registro garante ainda a participação obrigatória dos Patrimônios Vivos em programas de ensino organizados pela Secretaria de Cultura, assegurando que os conhecimentos imateriais pernambucanos continuem vivos e sejam perpetuados.

Com a consolidação dessa política pioneira, Pernambuco reforça seu compromisso com a valorização e preservação da diversidade cultural, fortalecendo identidades regionais e garantindo que as tradições não se percam com o tempo, mas sigam vivas no coração do povo.

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