Cuidados paliativos ganham espaço na oncologia com abordagem humanizada

Apesar de ainda cercados por desinformação, os cuidados paliativos têm ganhado cada vez mais espaço, especialmente no tratamento oncológico. Em Caruaru (PE), a médica clínica e paliativista Alessandra Macêdo, do NOA (Núcleo de Oncologia do Agreste), reforça que esses cuidados não significam abandono do tratamento, mas sim um acompanhamento completo e humanizado do paciente com doença grave, como o câncer.


“O objetivo principal é promover qualidade de vida. Quando uma doença ameaçadora chega, ela afeta não só o corpo, mas também as emoções, a vida social e até a espiritualidade do paciente. Nosso papel é cuidar desse sofrimento de forma integral”, explica Alessandra.

Segundo a especialista, muitos pacientes enfrentam mudanças drásticas na rotina, como afastamento do trabalho e perda de autonomia, o que pode causar angústia, ansiedade e depressão. Nesse contexto, os cuidados paliativos oferecem suporte emocional e físico contínuo, valorizando a história, os valores e as preferências de cada indivíduo.

O trabalho é interdisciplinar e envolve uma equipe composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais. “Essa integração faz toda a diferença no processo de cuidado”, afirma a médica.

Contrariando o senso comum, Alessandra destaca que os cuidados paliativos não devem ser iniciados apenas na fase terminal. “Eles devem começar desde o diagnóstico de uma doença grave. O cuidado paliativo é sobre viver bem, apesar da doença.”

Além do paciente, a atenção também se estende à família, que muitas vezes sofre junto. “O acolhimento aos familiares é essencial nesse momento tão desafiador”, conclui.

Com 14 anos de atuação em Caruaru, o NOA oferece estrutura completa para o tratamento do câncer, com atendimento baseado em evidências científicas, equipe multiprofissional e foco no cuidado humanizado.

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