O
Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) decidiu, em
Sessão Plenária Extraordinária realizada na noite de 9 de outubro de
2024, retirar a interdição ética parcial que havia sido imposta ao
Hospital Barão de Lucena (HBL), localizado no Recife. A decisão foi
tomada após uma nova inspeção, que constatou a regularização do
fornecimento de insumos e medicamentos na unidade de saúde, além de
melhorias gerais na infraestrutura e condições de atendimento.
A
interdição havia sido decretada em 18 de janeiro de 2024 devido a
graves problemas de desabastecimento de insumos e equipamentos, que
comprometeram a segurança dos pacientes e o exercício ético da medicina.
À época, a medida foi amplamente aprimorada pela classe médica e pela
população, que cobrava melhorias urgentes para garantir um atendimento
seguro e de qualidade. Com o hospital enfrentando dificuldades em manter
os serviços básicos, a suspensão parcial dos serviços eletivos era
vista como necessária.
Ao
longo de 2024, o Cremepe realizou diversas vistorias no HBL, sempre
negando os pedidos de desinterdição feitos pela gestão da unidade. No
período, o hospital passou por três trocas de comando, o que dificultou a
solução rápida dos problemas. Apenas em outubro, após mudanças na
administração e novos investimentos, foi verificada uma melhoria
significativa nas condições de trabalho para os profissionais de saúde,
bem como na qualidade da assistência aos pacientes.
Na
visita de 9 de outubro, a nova gestão do HBL acompanhou a inspeção do
Cremepe, que concorda com a regularização do fornecimento de
medicamentos e insumos básicos. O corpo clínico também confirmou as
melhorias observadas, garantindo condições de segurança para a retomada
dos procedimentos eletivos, que estavam suspensos desde o início do ano.
Apesar
da retirada da interdição ética, o Cremepe ressaltou que continuará
monitorando o hospital para garantir que os padrões de segurança e ética
sejam mantidos. A entidade também reiterou o seu compromisso com a
qualidade da assistência à saúde no estado e a defesa do exercício digno
da medicina.
O
hospital agora se prepara para retomar gradualmente os procedimentos
eletivos, que atendem a uma demanda reprimida desde o início da
interdição. A expectativa é que a normalização desses serviços traga
problemas para muitos pacientes que aguardam por cirurgias e
atendimentos especializados.
* * Com informação de Assessoria e imagem de Divulgação