Cinema da Fundação promove estreia mundial de Saravá Shalom com debate sobre diásporas culturais

Na próxima terça-feira, 29 de abril, o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, recebe a estreia mundial do documentário Saravá Shalom. A exibição ocorrerá às 19h, na Sala Derby, seguida de um debate com a presença do diretor Alex Minkin, do protagonista André Feitosa e do escritor Ronaldo Correia de Brito. Os ingressos estão disponíveis por R$14 (inteira) e R$7 (meia).


Com 110 minutos de duração, o filme investiga as interações entre as tradições religiosas judaicas e africanas no Brasil, um tema inédito e pouco explorado. Saravá Shalom acompanha a jornada de André Feitosa, um artista cearense que, ao descobrir raízes africanas, indígenas e judaicas em sua genealogia, embarca em uma pesquisa para reconstruir sua árvore genealógica de 15 gerações. A busca por respostas o leva a explorar terreiros e tradições orais, revelando um profundo diálogo cultural.

Dirigido por Alex Minkin, antropólogo visual e ativista cultural, o documentário é descrito como um trabalho de grande poder estético e sensorial, que revela a importância histórica das culturas judaica, africana e indígena no Brasil. Minkin destaca que o filme expõe, de forma poética e não convencional, a presença de judeus no candomblé e a interação de afro-brasileiros nas práticas judaicas, algo raramente abordado nas telas. As filmagens ocorreram no mais antigo terreiro de candomblé de Fortaleza, um local onde há uma longa tradição de intercâmbio religioso entre as comunidades judaicas e afro-brasileiras.

O evento proporcionará aos espectadores uma experiência única, não apenas pela estreia de um documentário inovador, mas também pela oportunidade de debater temas profundos sobre identidade, memória e resistência cultural. A presença de nomes como André Feitosa e Ronaldo Correia de Brito enriquece ainda mais o debate, trazendo reflexões sobre o impacto histórico e contemporâneo dessa convivência entre as diferentes culturas.

Saravá Shalom é uma obra que, segundo Minkin, convida à reflexão através da sensibilidade estética e emocional, revelando diásporas culturais que, embora tenham moldado o Brasil, continuam invisíveis nas narrativas dominantes.

Serviço
Data: 29 de abril de 2025 (terça-feira)
Horário: 19h
Local: Cinema da Fundação Joaquim Nabuco – Sala Derby (Rua Henrique Dias, 609 – Derby, Recife)
Ingressos: R$14 (inteira) e R$7 (meia)
Duração do filme: 110 minutos
Debate pós-filme: entre 40 e 60 minutos
Participantes do debate: Alex Minkin (diretor), André Feitosa (protagonista) e Ronaldo Correia de Brito (escritor)

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