Iniciativa mundialmente reconhecida, o Janeiro Seco propõe reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas no primeiro mês do ano. Lançada em 2013 no Reino Unido, uma campanha busca sensibilizar sobre os impactos do álcool no organismo e cultivar práticas mais saudáveis. A adesão ao movimento cresce globalmente e é reforçada por especialistas em saúde.
Izabele Acioli, nutricionista da Hapvida NotreDame Intermédica, alerta sobre os riscos do consumo excessivo de álcool. “O álcool pode prejudicar a absorção de nutrientes essenciais, como cálcio e ferro, além de sobrecarregar o fígado, aumentando o risco de doenças como esteatose hepática, hepatite hepática e cirrose”, explica. Outros efeitos incluem obesidade, diabetes, problemas cardiovasculares e até distúrbios mentais.
Um estudo da revista BMJ Open revela que, ao evitar o álcool por 30 dias, as pessoas experimentam melhorias no sono, maior energia, redução do colesterol e da pressão arterial. Já uma pesquisa da Universidade de Sussex trouxe benefícios adicionais, como economia financeira e melhorias na pele e na relação com o consumo de álcool ao longo do ano.
Contudo, para dependentes de álcool, os especialistas recomendam cautela. “Parar abruptamente pode causar sintomas de abstinência severos, como náuseas, convulsões e delírios. Nessas situações, o acompanhamento médico é indispensável”, reforça Carol Costa Júnior, psicóloga.
Para quem busca reduzir o consumo de forma gradual, surge o conceito do Janeiro Úmido , que propõe limites individuais ao uso de álcool, sempre com orientação profissional. “O álcool impacta diretamente a saúde mental, agravando quadros de ansiedade e depressão. Buscar alternativas para lidar com emoções é essencial para quebrar ciclos complexos”, conclui Carol.
A campanha destaca a importância da moderação, promovendo a saúde física e mental enquanto estimula a reflexão sobre o papel do álcool no cotidiano.
* Com informação da Assessoria e imagem de Divulgação