O número de mortes por afogamento no Brasil cresceu em 2023, conforme aponta o Boletim Epidemiológico 2025 da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA). No ano passado, 5.883 pessoas morreram afogadas, um aumento de 395 óbitos em relação a 2022. Os dados revelam que o afogamento é a segunda principal causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos, com mais da metade dos casos ocorrendo dentro de casa.
O levantamento mostra que a cada 90 minutos uma pessoa morre afogada no Brasil, o que equivale a 16 vítimas por dia. Homens são os mais afetados, morrendo, em média, seis vezes mais do que as mulheres, e 76% dos casos ocorrem em água doce. Além disso, a cada dois dias, um turista morre afogado no país, e dois brasileiros perdem a vida ao tentar resgatar alguém sem conhecimento técnico.
A SOBRASA destaca que mais de 90% dessas mortes poderiam ser evitadas com maior conhecimento sobre riscos e prevenção. O boletim apresenta dados detalhados sobre os perfis das vítimas, locais dos acidentes e variações regionais, permitindo que políticas públicas e campanhas de conscientização sejam aprimoradas.
A atuação de guarda-vidas também foi analisada no estudo. A cada 18 salvamentos, um exige atendimento hospitalar. No entanto, a maior preocupação está em áreas sem supervisão, como rios, lagos, cachoeiras e represas, onde o risco de morte por afogamento é 60 vezes maior. Segundo o relatório, nove em cada dez vítimas fatais não chegam a receber atendimento médico.
Fundada em 1995, a SOBRASA é uma organização sem fins lucrativos que atua na prevenção de afogamentos, com apoio de 7.500 voluntários. Em três décadas, seus programas ajudaram a reduzir em 50% as mortes por afogamento no Brasil. Apesar dos avanços, a entidade reforça que a educação da população e o fortalecimento da comunicação são fundamentais para reduzir ainda mais esses números.
Mais informações sobre o boletim e formas de apoio podem ser encontradas no site www.sobrasa.org.
Com informação da Assessoria
