A CAIXA Cultural Recife abre nesta quinta-feira (25), às 17h, a terceira edição do Projeto PEBA, considerado um dos maiores eventos de artes integradas do Nordeste. Com o tema Celebração das Matas e Quilombos, a mostra propõe um mergulho sensorial, político e ancestral nas matrizes afrodescendentes e indígenas que moldam a identidade brasileira. O acesso é gratuito e a programação segue até 23 de novembro.
O PEBA já entrou para a história da CAIXA Cultural Recife como a mostra de maior público, com mais de 107 mil visitantes em sua última edição. Este ano, a iniciativa reafirma a missão de criar pontes culturais entre Pernambuco e Bahia, reunindo 56 fotógrafos e fotógrafas em uma grande rede de olhares que revelam memórias, corpos e territórios.
Na abertura, o público terá apresentações do Bacnaré – Balé de Cultura Negra do Recife e do toré do povo Fulni-ô, de Águas Belas. A solenidade contará ainda com homenagens e a entrega dos troféus do Projeto PEBA a personalidades que contribuem para a valorização da cultura afro-indígena.
Além da exposição fotográfica, dez artesãos e artesãs apresentam peças que unem tradição e contemporaneidade. Esta edição presta tributo à mestra ceramista pernambucana Luiza dos Tatus (in memoriam) e aos fotógrafos baianos Adenor Gondim e Iêda Marques, referências na celebração da memória cultural e ambiental.
O símbolo desta edição é a rede, elemento presente nas aldeias e quilombos como espaço de acolhimento, descanso e partilha. A metáfora da rede inspira o projeto como tecido coletivo que conecta artistas, memórias e saberes de Pernambuco e Bahia.
A programação inclui oficinas, rodas de conversa, espetáculos musicais e atividades educativas voltadas também para estudantes da rede pública. Entre os destaques estão a oficina de cultura indígena com o mestre Matinho Fulni-ô, a roda de conversa com a fotógrafa Iêda Marques, e oficinas de artesanato, HQs, dança afro e produção cultural.
Criado em 2022 pelo fotógrafo Sérgio Figueiredo e pela pedagoga Williany Amaral, o PEBA nasceu de forma independente, com circulação em quilombos e comunidades da Bahia e de Pernambuco. Desde então, tornou-se referência nacional em arte, memória e combate ao racismo.
Realizado pela APACEPE, com produção da vaVER, patrocínio do Ministério da Cultura e apoio da CAIXA Cultural Recife e da Prefeitura do Recife, o projeto se consolida como espaço de resistência, celebração e diálogo entre povos originários, quilombolas e o grande público.
Com informação da Assessoria e imagem de Iêda Marques