Clínica de estética é interditada em Olinda por exercício ilegal da medicina e da odontologia

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), em ação conjunta com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e outros órgãos de fiscalização, interditou nesta quarta-feira (3) uma clínica de estética localizada em Olinda. O estabelecimento foi flagrado realizando procedimentos médicos e odontológicos sem autorização legal, configurando exercício ilegal das profissões.


A clínica era conduzida por uma fisioterapeuta e, segundo a equipe de fiscalização, funcionava em condições irregulares, oferecendo cirurgias com finalidade estética. No local foram encontrados medicamentos e materiais de uso exclusivo de médicos, como epinefrina, lidocaína, glicose 50%, bisturis e cânulas de aspiração. Também havia seringas abertas e vestígios de sangue, o que, de acordo com os fiscais, representava grave risco sanitário.

A operação contou com a participação de representantes do Cremepe, MPPE, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Vigilância Sanitária de Olinda, Polícia Civil, Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região (Crefito-1) e Conselho Regional de Odontologia (CRO-PE). A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia de Peixinhos, e o Crefito avalia a suspensão cautelar do registro profissional da responsável.

Além do exercício ilegal da medicina e da odontologia, o espaço não possuía registros sanitários obrigatórios e realizava atividades incompatíveis com o CNAE declarado. As irregularidades reforçam a preocupação do Cremepe diante da proliferação de clínicas clandestinas que oferecem procedimentos invasivos sem habilitação técnica.

A ação faz parte da campanha “Não aposte a sua saúde: Procedimento médico só com CRM”, lançada pelo Cremepe. A iniciativa busca alertar a população sobre os riscos de realizar tratamentos com pessoas não habilitadas. O mote da campanha — “Na saúde, não se deve apostar” — está sendo divulgado em outdoors, ônibus, rádio e redes sociais.

Segundo o presidente do Cremepe, Mário Jorge Lôbo, o objetivo central é proteger o paciente. “Nosso compromisso é garantir que o atendimento à saúde em Pernambuco ocorra dentro dos parâmetros éticos e legais. O exercício ilegal da medicina é crime, e precisamos que a sociedade reconheça os riscos dessa prática para que possamos combatê-la com firmeza”, destacou.

O Cremepe orienta a população a verificar sempre o registro profissional do médico antes de realizar qualquer procedimento. Denúncias podem ser feitas de forma anônima e segura no site da instituição: www.cremepe.org.br/denunciaprerrogativa.

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