Celebrado em 19 de junho, o Dia do Cinema Brasileiro ganha um significado especial dentro da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Vitória de Santo Antão. Na Escola de Referência em Ensino Médio Professora Amélia Coelho, que funciona no Case Vitória, o projeto Cine Pacas tem transformado sessões de cinema em experiências de aprendizado e cidadania para adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
Criado há quase uma década, o Cine Pacas surgiu como resposta à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que prevê a exibição de filmes nacionais nas escolas. Com o tempo, o projeto evoluiu e passou a ter uma curadoria focada exclusivamente no cinema brasileiro, com títulos que abordam temas como identidade, diversidade, cidadania, cultura popular e espaço urbano.
A iniciativa vai além da simples exibição de filmes. Professores e coordenadores criam um ambiente temático, com cartazes, pipoca e até ingressos simbólicos, promovendo uma verdadeira imersão cultural. Após as sessões, rodas de conversa estimulam os jovens a refletirem sobre as histórias e fazerem conexões com suas próprias vivências.
Para Wemison Araujo, professor da unidade, o projeto cria um espaço de pertencimento. “É uma forma de envolver adolescentes que muitas vezes chegam à escola desacreditados na educação”, explica. Raissa Braga, presidente da Funase, reforça: “É nesse tipo de iniciativa que a educação ganha força e sentido dentro da socioeducação”.
O impacto do Cine Pacas pode ser visto nas falas dos próprios adolescentes. J.V.S., de 17 anos, destaca a importância do projeto. “Ajuda a passar o tempo de um jeito bom. Faz a gente pensar diferente”, conta, citando o filme “Malazarte” como o seu favorito. Em cada sessão, o cinema nacional segue atravessando os muros da unidade, levando arte, reflexão e novas perspectivas para quem mais precisa.
Com informação da Assessoria e imagem de equipe técnica do Case Pacas