Setur-PE e IBV lançam banco gigante em Caruaru contra a violência de gênero

Nesta quarta-feira (4), foi inaugurado o primeiro banco vermelho gigante de Pernambuco, fruto da parceria entre a Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco (Setur-PE) e o Instituto Banco Vermelho (IBV). A instalação aconteceu no Centro Multicultural de Caruaru, no Alto do Moura, integrando a programação da 73ª reunião do Conselho Estadual de Turismo (CONTUR).


A ação marca o início de uma série de intervenções urbanas em pontos turísticos do estado com foco na conscientização e prevenção da violência contra a mulher. Até agosto, outros cinco bancos gigantes serão instalados em Fernando de Noronha, Vale do Catimbau, Porto de Galinhas, Igarassu e Olinda.

Os bancos são estruturas simbólicas, na cor vermelha, que trazem mensagens de enfrentamento à violência de gênero e informações sobre canais de apoio às vítimas. Segundo o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Kaio Maniçoba, a ação reforça o papel do turismo como agente de transformação social. “Não se trata apenas de receber bem, mas de garantir segurança para todas as pessoas, especialmente as mulheres. Queremos um turismo mais humano e consciente”, afirmou.

Para Andrea Rodrigues, presidente do IBV, a iniciativa é urgente. “Somos o quinto país que mais mata mulheres no mundo. Os bancos vermelhos são um chamado à ação e à reflexão. Nenhuma mulher deve ter medo de viver e nem de viajar”, destacou.

Além dos bancos, a parceria prevê o lançamento do Protocolo Hotel Seguro para a Mulher, que será testado inicialmente no Novotel Recife Marina e ampliado para outros hotéis do estado a partir de setembro.

Fundado em 2023, o Instituto Banco Vermelho já espalhou mais de 40 bancos gigantes por 13 estados brasileiros e conta com apoio institucional da Uninassau. Criado pelas recifenses Andrea Rodrigues e Paula Limongi, o IBV luta por um Brasil com feminicídio zero, através de intervenções urbanas, projetos educativos e campanhas de mobilização.

A ação em Caruaru une cultura, turismo e cidadania, mostrando que espaços públicos também podem ser ferramentas de transformação social.

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