Durante o mês de junho, o Brasil participa da campanha Junho Violeta, promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). A iniciativa visa conscientizar a população sobre a violência contra a pessoa idosa e destacar a importância da denúncia e do acolhimento às vítimas. A ação é coordenada pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), em parceria com a Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM/MDHC).
O ponto alto da campanha é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho. Em 2024, o foco está voltado à atuação dos profissionais da saúde na identificação de sinais de abuso físico, psicológico e negligência. Segundo o geriatra Guido Schachnik, da rede Hapvida, os sinais de violência nem sempre são evidentes. “O idoso pode se mostrar agressivo, medroso ou apresentar perturbações do sono. Às vezes, surgem manchas ou lesões suspeitas”, explica.
Diante de suspeitas, a conduta recomendada é observar o ambiente familiar, conversar com os responsáveis e, se necessário, acionar as autoridades competentes. Schachnik relata já ter atendido casos graves. “Já vi idosos com traumatismos que indicavam espancamento. Em muitos casos, denunciei”, afirma.
A rede Hapvida tem investido em práticas de acolhimento e cuidado humanizado, valorizando a escuta ativa e o respeito em todas as unidades. A operadora também estuda parcerias com instituições como a Defensoria Pública, com o objetivo de promover rodas de conversa e atividades educativas voltadas ao tema.
A campanha Junho Violeta convida toda a sociedade a refletir sobre a forma como trata seus idosos. “É preciso enxergar o idoso como um ser humano completo, com história, fragilidades e direitos”, ressalta o médico.
Casos de suspeita de violência contra idosos podem ser denunciados de forma anônima pelo Disque 100, serviço que funciona 24 horas por dia.
Com informação da Assessoria e imagem de Divulgação/ Rayanne Elisã