Na manhã desta terça-feira (20), professoras e professores da rede municipal do Recife permanecem mobilizados no Pátio da Prefeitura em mais um dia de assembleia permanente. A categoria aguarda o resultado da nova rodada de negociações com a gestão do prefeito João Campos (PSB), que ocorre neste momento.
A mobilização tem como objetivo pressionar a Prefeitura a apresentar uma proposta que contemple a principal demanda dos profissionais da educação: a aplicação integral do reajuste de 6,27% do piso salarial nacional, com impacto direto na carreira e valorização profissional.
Na segunda-feira (19), a proposta apresentada pela gestão municipal foi rejeitada por unanimidade em assembleia. A Prefeitura ofereceu um reajuste de 1,5% retroativo a janeiro, com aumento para 2,5% a partir de maio. Também foi proposto um abono salarial de 4,41%, a ser pago em parcela única e sem repercussão na carreira docente.
O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) criticou duramente a proposta, classificando-a como insuficiente e desrespeitosa com a categoria. Para o sindicato, o não cumprimento integral da Lei do Piso representa um retrocesso nos direitos conquistados e um desincentivo à profissão docente.
Após o encerramento da reunião de negociação, a comissão do SIMPERE irá apresentar à assembleia o resultado oficial. A partir daí, a categoria decidirá coletivamente os próximos passos do movimento.
A assembleia permanente tem sido uma das principais estratégias adotadas pela categoria para manter a unidade e reforçar a pressão sobre a administração municipal. O SIMPERE segue convocando os profissionais para acompanhar as negociações e fortalecer a mobilização.
Educadores e educadoras reiteram que a luta vai além dos percentuais: é pela valorização da carreira, pelo respeito à legislação vigente e pela defesa de uma educação pública de qualidade na capital pernambucana.
Com informação da Assessoria e imagem de divulgação/ Raissa Bezerra