A recente alta da taxa Selic para 12,25% ao ano, anunciada pelo Banco Central, trouxe novas dificuldades para os brasileiros que buscam financiamento imobiliário. Com os juros bancários ainda mais elevados, o consórcio imobiliário surge como alternativa viável para quem deseja sair do aluguel e adquirir um imóvel sem arcar com as altas taxas de juros.
De acordo com o advogado Amadeu Mendonça, especialista em negócios imobiliários, o consórcio é uma modalidade planejada de aquisição de bens que tem conquistado espaço, especialmente para imóveis de médio e alto padrão, com valores a partir de R$ 350 mil. “O consórcio permite flexibilidade no uso da carta de crédito, ausência de juros sobre as parcelas e uma organização financeira de longo prazo. No entanto, exige planejamento, pois depende de sorteios ou lances para contemplação”, explica.
Funcionando como uma poupança coletiva, o consórcio é gerenciado por administradoras autorizadas pelo Banco Central. Os participantes contribuem mensalmente para um fundo comum, do qual saem as cartas de crédito entregues a contemplados via sorteios ou lances. Essas cartas permitem a compra de imóveis novos, usados, terrenos, ou até mesmo a realização de reformas e construções.
Entre as vantagens estão a ausência de juros, substituídos por taxas administrativas geralmente mais baixas, e a possibilidade de aquisição parcelada. Contudo, Mendonça alerta para a necessidade de atenção às condições contratuais. “É essencial verificar a credibilidade da administradora e entender as regras de contemplação e taxas aplicadas”, recomenda.
O mercado de consórcio também se mostra aquecido entre investidores que adquirem cartas contempladas para negociar ou utilizá-las diretamente. Segundo Mendonça, isso oferece uma solução imediata para quem precisa de agilidade na compra de um imóvel.
Apesar de ser atrativo, o consórcio exige paciência e planejamento, uma vez que a contemplação não é garantida imediatamente. Além disso, taxas administrativas podem variar, e inadimplência dentro do grupo pode causar atrasos. Bancos como Caixa, Bradesco e Itaú, além de seguradoras e empresas de construção civil, estão entre os ofertantes deste produto, que promete continuar crescendo em 2025.
Amadeu Mendonça, membro da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-PE e pós-graduado pela UFPE, reforça a importância de buscar assessoria jurídica para evitar problemas futuros, destacando o consórcio como uma opção estratégica para aquisição de patrimônio, especialmente em um cenário de juros altos.
* Com informação da Assessoria e imagem de Divulgação/ Freepik