Pernambuco sanciona lei para liberação gratuita de medicamentos especiais pelo SUS

Os pernambucanos conquistaram um marco histórico na área da saúde com a publicação, nesta sexta-feira (6), da Política Estadual de fornecimento de medicamentos derivados da Cannabis sativa . A iniciativa, definida pela Lei 18.757/2024 e sancionada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na última quinta-feira (5), garantiu a distribuição gratuita desses medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


A medida foi celebrada pela Aliança Medicinal, única entidade em Pernambuco autorizada pela Anvisa a produzir e comercializar óleo de cannabis para fins medicinais. De acordo com Ricardo Hazin Asfora, diretor executivo da entidade, a nova legislação representou um grande avanço ao viabilizar tratamentos para uma parcela significativa da população que anteriormente não conseguia arcar com os altos custos. “A promulgação dessa lei possibilitou que as secretarias responsáveis ​​trabalhassem para disponibilizar os medicamentos pelo SUS. Isso representa um rompimento para muitas famílias que recentemente foram tratadas”, afirmou Asfora, destacando que a associação, sediada em Olinda, conta com cerca de nove mil associados em todo o país.

A Aliança Medicinal destacou que seus produtos eram cerca de 400% mais baratos do que os similares importados ou vendidos nas farmácias brasileiras. Segundo Asfora, uma entidade investiu em tecnologias de cultivo em contêineres adaptados para garantir a qualidade e a acessibilidade dos medicamentos, usados ​​no tratamento de doenças graves como câncer, depressão e fibromialgia. “Seguimos adotando inovações para ampliar o acesso da população a um produto de qualidade, com baixo custo para o poder público”, completou o engenheiro agrônomo, que há seis anos se dedica à pesquisa e produção de derivados de cannabis.

Além da política estadual, a Aliança Medicinal também comemorou a recente criação da lei municipal no Recife que autorizou a oferta de medicamentos de cannabis pelo SUS na capital. Hélida Lacerda, presidente da instituição, reforçou que o próximo passo seria garantir que o SUS priorizasse a produção nacional de extratos de cannabis. “Essa luta sempre foi para que o tratamento estivesse acessível pelo SUS. Agora, precisamos garantir que essa conquista beneficie os pacientes, com foco na produção nacional para reduzir custos e ampliar o alcance do atendimento”, concluiu.

Compartilhe nas redes sociais:

Publicado por:

Mais recentes

Rolar para cima