A obesidade está cada vez mais associada ao aumento do risco de desenvolver diversos tipos de câncer. De acordo com estudos, essa condição está relacionada a pelo menos 13 tipos de neoplasias, com destaque para os casos mais frequentes entre as mulheres, que incluem câncer de mama e endométrio. A cirurgiã bariátrica Luciana Siqueira, com 18 anos de experiência nas áreas públicas e privadas, ressalta a importância de se discutir essa conexão, especialmente à luz de dados preocupantes.
Desde 2014, quando Siqueira finalizou sua tese sobre a “Associação entre obesidade e câncer: análise proteômica”, ela tem sido uma voz ativa no alerta sobre o tema. De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade de 2023, a previsão é de que, até 2035, mais da metade da população mundial terá sobrepeso ou obesidade, o que torna essa discussão ainda mais urgente.
“Na amostra estudada, identificamos proteínas ambientais carcinogênicas em pacientes com obesidade. A perda de peso causada pela cirurgia bariátrica promoveu o desaparecimento dessas proteínas”, explica a médica, ressaltando a necessidade de um olhar mais atento sobre os riscos que a obesidade traz.
A intervenção cirúrgica, segundo Siqueira, é uma ferramenta eficaz para controlar a obesidade, mas requer um acompanhamento multidisciplinar. É fundamental a presença de profissionais como nutricionistas e psicólogos, além da prática regular de exercícios físicos. “A bariátrica não é apenas sobre perder peso. É sobre mudar o estilo de vida e aumentar a expectativa de vida”, afirma.
Para prevenir o câncer de mama, a médica recomenda a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios e uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes e fibras. Siqueira também enfatiza a importância de evitar o consumo excessivo de açúcar, alimentos processados e ultraprocessados, além de moderação na ingestão de bebidas alcoólicas.
Os exames periódicos, conforme orientações do Ministério da Saúde, também são essenciais para a detecção precoce de possíveis alterações. A luta contra a obesidade e suas consequências é um desafio que requer a mobilização de toda a sociedade, promovendo a saúde e prevenindo doenças graves como o câncer. Com ações e conscientização, é possível reduzir a incidência de casos e salvar vidas.
* Com informação de Assessoria e imagem
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