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Especialista enfatiza o 'direito de ser criança' com a importância de respeitar o ritmo da infância

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

/ por Isabel Gusmão

Em um mundo cada vez mais conectado e acelerado, a infância, período essencial para o desenvolvimento pleno do ser humano, vem sendo encurtada. A psicóloga Rafaella Cursino, do Colégio Apoio do Recife, alerta para os riscos da adultização precoce, impulsionada pelo excesso de telas e pela pressão por desempenho desde cedo. Segundo ela, o brincar livre é um direito fundamental reconhecido pela ONU, e é indispensável para o desenvolvimento emocional, social e motor das crianças.

“O brincar não é apenas um passatempo, mas uma forma natural de expressão e aprendizado para a criança. Ele desenvolve habilidades como resolução de conflitos, criatividade e interação social. Infelizmente, muitas crianças estão trocando esse tempo valioso por horas diante de dispositivos eletrônicos”, afirma Rafaella, doutora em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

A especialista destaca ainda que a sociedade contemporânea impõe uma hipercompetitividade às crianças. Agendas lotadas de atividades e pouca oportunidade para o ócio e o brincar espontâneo têm levado muitas delas a desenvolverem cansaço, irritabilidade e até distúrbios no sono e na alimentação. “Vivemos em um contexto de performance constante. As crianças estão sendo preparadas para o futuro, mas sem o tempo necessário para viver plenamente a infância”, comenta.

Outro problema que preocupa é o acesso precoce a conteúdos inapropriados, como a pornografia, facilitado pelo uso descontrolado da internet. “Antes, existiam ritos de passagem, com limites claros para o que as crianças poderiam consumir. Hoje, elas têm acesso irrestrito a um mundo adulto para o qual não estão preparadas”, alerta a psicóloga.

Para Rafaella, é fundamental encontrar um equilíbrio entre o uso da tecnologia e o tempo dedicado ao brincar. Espaços ao ar livre e atividades que estimulem o convívio social são essenciais para um desenvolvimento saudável. "A infância precisa ser respeitada e protegida, garantindo às crianças a oportunidade de viverem essa fase com liberdade, confiança e criatividade. Só assim formaremos adultos mais equilibrados, socialmente hábeis e sensíveis ao outro", conclui.

 

* Com informação e imagem de Assessoria

 

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