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Médicos do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) discutem colapso na maternidade com aumento de 300% na demanda

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

/ por Isabel Gusmão

Na última terça-feira (17), os médicos neonatologistas e obstetras do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), localizado na Zona Norte do Recife, reuniram-se para discutir os desafios enfrentados na maternidade da unidade. No último fim de semana, o hospital registrou um aumento de 300% na demanda, sobrecarregando a capacidade instalada, especialmente devido ao fechamento de outras unidades que atendiam gestantes de alto risco. A situação gerou grande preocupação entre os profissionais, que alertam para o colapso iminente no atendimento a gestantes e recém-nascidos.

A reunião teve como principal resultado a formulação de uma pauta de reivindicações que será encaminhada à Secretaria Estadual de Saúde (SES), solicitando providências imediatas. Entre os pontos levantados estão a necessidade de ampliação de recursos humanos e materiais, além de melhores condições de trabalho. Os profissionais também pedem o reforço no atendimento em toda a rede materno-infantil, que tem sofrido com a alta demanda.

Claudia Beatriz, secretária-geral do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), esteve presente na reunião e destacou a gravidade da situação. "O aumento expressivo nos atendimentos tem causado uma sobrecarga insustentável para a equipe. É crucial que o governo estadual enfrente essa crise com seriedade e agilidade. O compromisso com a qualidade do atendimento à saúde materna e neonatal deve ser prioridade", afirmou.

Além de acionar a SES, os médicos pretendem buscar apoio no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), solicitando uma audiência pública para discutir a crise na maternidade do HAM. Os profissionais ressaltam que a falta de recursos adequados coloca em risco a saúde de mães e bebês, que precisam de assistência especializada, e que medidas imediatas são essenciais para evitar um cenário ainda mais grave.

O Simepe garantiu que continuará acompanhando de perto a situação e cobrará soluções para a crise no sistema de saúde, com especial atenção à rede materno-infantil. Caso não haja avanços, novos protestos e medidas serão considerados pela categoria.

 

* Com informação e imagem de Assessoria
 

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