Na última semana, o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) flagrou condições alarmantes na Escola Municipal Maria da Paz Brandão, localizada no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife. A unidade de ensino, que passa por reformas em pleno ano letivo, apresenta andaimes e restos de cimento espalhados pelos corredores, expondo alunos e funcionários a riscos iminentes de acidentes e problemas de saúde.
Jair Santana, representante do Simpere, destacou a gravidade da situação: “A escola atende crianças de 5 a 11 anos que convivem diariamente com restos de materiais de construção. Isso coloca em perigo tanto os estudantes quanto os profissionais da educação”. Segundo ele, o sindicato vem notificando a Prefeitura do Recife desde o início do ano sobre as condições inadequadas das escolas em reforma, mas as solicitações não têm sido atendidas. “Será que estamos esperando um acidente grave para que providências sejam tomadas?”, questiona Santana.
Desde 2022, diversas escolas da rede municipal estão sendo requalificadas, mas a falta de planejamento e transparência sobre os prazos das obras tem causado transtornos. A professora Jaqueline Dornelas, também do Simpere, enfatizou o impacto das condições nos profissionais da educação: “Estamos adoecendo. Muitos professores têm apresentado problemas respiratórios devido à poeira constante e ao barulho incessante das obras”.
Diante do cenário, o sindicato propõe soluções como a migração temporária para o regime remoto nas escolas em obras ou a transferência dos alunos para outras unidades. “O que não podemos aceitar é que nossa saúde e segurança sejam negligenciadas dessa forma. Educação e bem-estar andam juntos”, reforçou Dornelas. A comunidade escolar agora aguarda uma resposta da Prefeitura do Recife quanto à finalização das obras.
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