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Nordeste do Brasil pode liderar produção de hidrogênio de baixa emissão de Carbono

sábado, 17 de agosto de 2024

/ por Isabel Gusmão

O Brasil está emergindo como um forte candidato para se tornar um líder global na produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono, segundo um estudo recente da PwC. O relatório "Cenários de Descarbonização: Oportunidades e Incertezas da Precificação de Carbono", conduzido pela Strategy& em 2023, destaca o imenso potencial do país, especialmente na região Nordeste, para se destacar no mercado global deste combustível limpo.

A pesquisa aponta que o Brasil possui uma vantagem significativa devido à sua matriz elétrica altamente limpa, com cerca de 85% da energia proveniente de fontes renováveis, um contraste notável com os 30%-40% de outras grandes economias. O Nordeste, em particular, já é responsável por cerca de 80% da produção de energia renovável do país e está bem posicionado para ampliar essa contribuição.

Vandré Pereira, sócio de Tributos para o setor de Energia da PwC Brasil, destaca que a região tem potencial para atrair novos investimentos na descarbonização. A proximidade com a produção de energia renovável faz do Nordeste um local atraente para negócios que consomem muita energia, como data-centers. Além disso, os portos da Bahia, incluindo Salvador, Aratu e Ilhéus, oferecem uma infraestrutura robusta para a exportação do hidrogênio para o mercado internacional.

O estudo da PwC também revela que o hidrogênio de baixa emissão pode descarbonizar setores chave como a indústria química, petroquímica, metalúrgica e de cimento. A demanda por este combustível deverá crescer moderadamente até 2030, beneficiando diversos setores, desde o transporte até o aquecimento residencial e comercial.

Com a recente sanção do marco legal para o hidrogênio de baixa emissão, a infraestrutura de transporte e armazenamento representa um desafio crucial para o desenvolvimento deste mercado. Pereira enfatiza a importância de ações coordenadas entre o setor privado e os entes públicos. O setor privado deve preparar-se para atuar no mercado de carbono, enquanto os governos devem facilitar o desenvolvimento da infraestrutura necessária e atrair investimentos.

O hidrogênio de baixa emissão representa uma estratégia valiosa para a transição energética do Brasil, complementando as fontes solares e eólicas e expandindo o potencial de investimentos e atração de novos players no setor.

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