Médicos do Hospital de Câncer movimentam ação por melhorias urgentes

Os médicos do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) decidiram, na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) nesta terça-feira (27), iniciar um movimento paredista que pode evoluir para uma greve. A decisão unânime reflete a insatisfação da categoria diante da falta de propostas de gestão hospitalar para resolver problemas críticos na unidade, como a superlotação, a insuficiência de materiais de qualidade e o congelamento dos atrasos por quase uma década.

O presidente do Simepe, Walber Steffano, destacou a gravidade da situação enfrentada pelos médicos, que lida com o descumprimento de normas para o início de tratamentos oncológicos, entre outras dificuldades. “É urgente que as demandas sejam atendidas para garantir a qualidade no atendimento dos pacientes”, afirmou.

Em resposta ao Simepe, a gestão do HCP alegou que, sob orientação da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco (FEHOSPE), dirigiu as negociações ao Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas de Pernambuco (SINDHOSPE) . No entanto, o SINDHOSPE afirmou não ter recebido respostas da gestão do hospital para apresentar aos médicos.

Ana Carolina Tabosa, vice-presidente do Simepe, reforçou que a decisão pelo movimento paredista reflete a exaustão da categoria e a falta de avanços nas negociações. Uma nova assembleia está marcada para o dia 10 de setembro, onde os médicos decidirão os próximos passos. O Simepe segue buscando soluções para evitar uma possível greve, defendendo os interesses dos profissionais.