A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) inaugura em 15 de agosto, às 17h, a exposição “Elas: onde estão as mulheres nos acervos da Fundaj?”, no Museu do Homem do Nordeste (Muhne). A mostra marca não apenas o aniversário de 75 anos da Fundaj, mas também os 45 anos do Muhne e a reabertura do primeiro andar do museu, fechado desde 2008, ampliando a área de exibição em 450 m².
Com cerca de 300 itens selecionados, a exposição visa destacar a contribuição feminina nos acervos da Fundaj, reunindo publicações, vídeos, fotografias, obras de arte, discos e outras peças. O acervo provém de doações e aquisições sob a guarda do Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra) e do Muhne, ambos vinculados à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj.
A mostra, um exercício de autocrítica institucional, reflete sobre o papel das mulheres na sociedade e no acervo da Fundaj, destacando que, dos mais de 800 mil documentos e itens preservados pela Fundação, uma pequena parcela foi produzida por mulheres. “A exposição é muito significativa, narrando a história tanto da formação do acervo quanto da própria Fundação”, afirma Márcia Angela Aguiar, presidenta da Fundaj.
A curadoria é assinada por Sílvia Barreto, Sylvia Couceiro e Cibele Barbosa, com expografia de Séphora Silva. Segundo Sílvia Barreto, a exposição chama a atenção para a misoginia presente em muitas peças históricas, e Sylvia Couceiro destaca a importância de tornar as mulheres visíveis no acervo. A mostra inclui destaques como uma videoarte de Marina Abramović e a partitura original da “Marcha Número Um do Vassourinhas”, composta por Joana Batista Ramos.
* Com informação e imagem de Assessoria
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