O presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Waldemar Borges, manifestou sua preocupação com os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 em Pernambuco, divulgados na última quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com os dados, o estado registrou 4,5 pontos no ensino médio, ficando abaixo da meta projetada. Nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), Pernambuco alcançou 5,7 pontos, superando em 0,2 pontos a meta estabelecida. Já nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), o estado atingiu exatamente a meta com 5,0 pontos.
Para Waldemar Borges, o resultado representa um retrocesso preocupante, especialmente no ensino médio, que é de responsabilidade direta do estado. "Nosso estado há anos vem apresentando melhora nos índices do Ideb no ensino médio. A grande preocupação no passado era com o ensino fundamental, que também é ofertado pelos municípios. Pela primeira vez o ensino fundamental avançou e o ensino médio, que é de responsabilidade do estado, caiu", afirmou o deputado, lembrando que o avanço na educação foi uma das marcas das gestões anteriores, iniciadas ainda no governo de Eduardo Campos.
O parlamentar também destacou que o resultado negativo na educação reflete uma tendência preocupante no estado, citando retrocessos em outras áreas. "Estamos assistindo a um retrocesso na segurança pública, revelado através de números dramáticos, e a um desmantelamento no sistema de saúde. Agora, vemos a educação apontando para uma queda no ensino. É lamentável e muito preocupante que as políticas públicas que apresentaram um avanço no passado estejam sendo desmanteladas", declarou Borges, demonstrando apreensão com os rumos das políticas públicas em Pernambuco.
O Ideb é um indicador que combina a taxa de aprovação com a média de desempenho dos alunos em avaliações de português e matemática. A meta de cada estado é estabelecida com base em um planejamento de longo prazo, visando à melhoria contínua da qualidade da educação no país. Em Pernambuco, a queda no ensino médio coloca em alerta não apenas os gestores públicos, mas também a sociedade civil, que observa os impactos dessas políticas no futuro dos jovens pernambucanos.
* Com informação da Assessoria e imagem de Breno Laprovitera
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