Explosões, incêndios, perda de rendimento e aumento da poluição são problemas que ameaçam motoristas, passageiros e transeuntes em Pernambuco devido à falta de fiscalização dos carros convertidos para Gás Natural Veicular (GNV). Wagner Barbosa, Engenheiro Mecânico e Diretor Técnico da Associação Nordestina da Segurança Veicular (ANEOI), alerta que mais de 100 mil veículos estão circulando de forma irregular no estado.
“São veículos que estão rodando com a fiscalização da conversão em atraso, onde seus equipamentos podem estar operando indevidamente. Cerca de 50 mil veículos podem estar circulando de forma totalmente clandestina, sem nunca terem passado pela inspeção do INMETRO”, destaca Wagner.
A lei exige que a conversão seja feita em um estabelecimento registrado pelo INMETRO e que siga normas estabelecidas pelo INMETRO/SENATRAN/ABNT. Além disso, é necessário realizar a inspeção de segurança veicular para emissão do Certificado de Segurança Veicular (CSV) em uma Instituição Técnica Licenciada (ITL), antes de o veículo transitar.
A falta de fiscalização é preocupante. “Temos mais de 80% da frota com a inspeção anual em atraso e com o CSV emitido há mais de um ano. Isso é de uma negligência absurda, criminosa”, afirma Wagner. No Rio de Janeiro, um cenário semelhante levou a vários acidentes simultâneos devido à ausência de fiscalização, com 70% da frota circulando de forma irregular.
Uma das principais vítimas desses acidentes são os funcionários de postos de abastecimento, além das pessoas próximas ao veículo. A ocorrência de óbitos nesses acidentes é frequente.
O estado do Rio de Janeiro resolveu o problema com a implantação de um sistema permanente de fiscalização, reduzindo significativamente os veículos irregulares e aumentando a segurança. “Isso precisa ocorrer em Pernambuco, pois estamos num patamar de veículos irregulares muito preocupante, e o risco de acidente é iminente”, alerta Wagner.
Para o especialista, a ausência de fiscalização permite que veículos convertidos em empresas irregulares, sem garantia, circulem nas ruas, trazendo riscos desnecessários a todos. “Precisamos alertar a sociedade pernambucana para essa falta de fiscalização que, de acordo com o artigo 106 do Código de Trânsito Brasileiro, é obrigação do Estado”, conclui Wagner.
* Com informação de Assessoria e imagem de Garagem 360
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