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Trabalhadores da Chesf em Pernambuco adotam paralisação nacional em Greve no sistema elétrico

sábado, 15 de junho de 2024

/ por Isabel Gusmão

Hoje, uma parcela significativa dos trabalhadores do Grupo Eletrobras iniciou uma greve por tempo indeterminado em todo o país, marcando um dos maiores movimentos paredistas no setor elétrico brasileiro dos últimos anos. Em Pernambuco, os trabalhadores da Chesf, subsidiária da Eletrobras, aderiram à paralisação a partir desta sexta-feira, dia 14 de junho.

O movimento ganhou adesão massiva, com mais de 6.400 dos 8 mil trabalhadores do Grupo Eletrobras engajados na greve, o que deve resultar na paralisação de cerca de 80% das operações da empresa até o final desta semana. Os motivos para o protesto são claros: os trabalhadores reivindicam a manutenção das cláusulas do último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), cujo prazo expirou em 7 de junho, e criticam a postura da Eletrobras, que se recusa a prorrogar o acordo.

Em meio às negociações no Tribunal Superior do Trabalho (TST), os trabalhadores esperam garantir condições dignas de trabalho e benefícios que foram conquistados ao longo dos anos. Esta é a primeira Campanha Salarial desde a privatização da Eletrobras, e os trabalhadores enfrentam propostas que incluem cortes salariais, retirada de benefícios e até mesmo demissões em massa, enquanto diretores da empresa desfrutam de aumentos consideráveis em seus vencimentos, com média de R$663 mil mensais.

José Gomes Barbosa, dirigente do Sindurb-PE e da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste, afirmou: "Não aceitaremos perdas de cláusulas históricas e muito menos demissões em massa. A empresa quer que os sindicatos aceitem essas demissões, mas nós não vamos assinar um cheque em branco para que a Eletrobras se livre dos trabalhadores que construíram o sistema elétrico do país".

A greve afeta diversas unidades da Eletrobras em todo o território nacional: em Furnas, atinge todos os 15 estados e o Distrito Federal; na Eletrosul, bases importantes como Joinville, Capivari, Blumenau e Região Oeste são afetadas; na Eletronorte, 10 das 11 bases espalhadas pelo Acre, Amapá, São Paulo, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins aderiram ao movimento.

Na Chesf de Pernambuco, onde metade dos trabalhadores da subsidiária estão concentrados, a decisão pela greve nacional foi tomada como forma de pressionar a Eletrobras a aceitar a mediação do TST e negociar um novo ACT de maneira justa.

Para mais informações sobre o movimento, o Sindurb-PE, representante legal dos trabalhadores da Chesf em Pernambuco, disponibiliza atualizações através de seu Instagram (@sindurbpe) e website (www.urbanitarios-pe.org.br).

Este movimento grevista no setor elétrico brasileiro reflete uma tensão crescente entre os trabalhadores e a gestão das empresas do Grupo Eletrobras, colocando em foco não apenas questões salariais, mas também o futuro das relações trabalhistas no contexto pós-privatização das estatais brasileiras.

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