Um recente levantamento realizado pelo Santander Brasil revelou que, mesmo diante do panorama de queda da taxa básica de juros (Selic), as mulheres em Pernambuco permanecem fiéis aos investimentos conservadores. Segundo os dados obtidos, 61% das mulheres pernambucanas optam por aplicações em renda fixa, mantendo esse percentual estável desde 2002 até 2023.
Esse comportamento se reflete em diversas modalidades de investimento, incluindo Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito do Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro Direto e até mesmo na poupança. A renda fixa continua dominando as escolhas das investidoras, representando 61% de suas carteiras tanto em 2022 quanto em 2023.
Para Luciane Effting, executiva do Santander responsável pelo segmento AAA, esses dados evidenciam a disciplina das mulheres em suas aplicações, mesmo em períodos desafiadores como os últimos anos. Essa persistência reflete não apenas a busca por segurança financeira, mas também uma mentalidade de longo prazo e estabilidade.
Além dos investimentos conservadores, as mulheres pernambucanas também se destacam por sua preferência pela previdência, com 25% de suas carteiras dedicadas a essa modalidade. Os fundos de investimentos, apesar de perderem espaço, ainda representam 10% das escolhas das investidoras.
Ao analisar o cenário nacional, observa-se que o padrão conservador se estende por todo o país. A renda fixa permanece como a opção preferida, representando 53% das carteiras femininas em 2023, uma parcela semelhante à registrada no ano anterior. Surpreendentemente, os homens também adotaram uma postura mais conservadora, aumentando sua participação em renda fixa de 50% em 2022 para 52% em 2023.
A 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), reforça a tendência das mulheres de priorizarem a segurança financeira em seus investimentos, uma motivação que se mantém constante desde 2018.
Em relação à previdência, tanto mulheres quanto homens demonstram uma preocupação consistente com o futuro, com uma leve elevação na participação dessa modalidade nas carteiras de investimento.
Por outro lado, os fundos de investimentos registraram uma diminuição tanto na preferência das mulheres quanto dos homens, seguindo uma tendência nacional de saída de recursos dessas modalidades. Destaca-se, no entanto, um aumento na participação dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs) nas carteiras femininas, indicando uma busca por diversificação.
Em suma, os dados evidenciam a cautela e a disciplina das mulheres pernambucanas e brasileiras em suas escolhas de investimento, priorizando a segurança e o planejamento financeiro a longo prazo em um contexto econômico desafiador.
* Com informações Assessoria e imagem de Agência Sebrae de Notícias/ Fórum PE Delas no Sebrae Pernambuco.
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