Oficina de Azulejaria para Jovens Neurodivergentes explorando o passado com cores no Recife

A oficina gratuita "Azulejaria: Um Mundo Nas Paredes" oferece a jovens neurodivergentes, especialmente aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a oportunidade de explorar o encantador universo dos azulejos portugueses que adornam construções históricas no Recife. Realizado no auditório do Centro de Artesanato de Pernambuco, as aulas ocorrem entre 16 de novembro e 15 de dezembro, às terças e quintas, das 14h às 16h30.

Originários do árabe, os azulejos, que significam "pedra polida", foram introduzidos no Brasil pelos portugueses, tornando-se símbolos de ostentação na sociedade açucareira colonial recifense. A oficina resgata essa rica tradição, proporcionando aulas práticas e teóricas. Os participantes realizarão um tour guiado pelo bairro do Recife, explorando edificações históricas revestidas de azulejos, como os casarios da rua do Bom Jesus, registrando suas descobertas por meio de fotografias.

Além de abordar a evolução estilística da azulejaria ao longo do tempo, a oficina estabelece conexões entre essa arte e a cultura popular pernambucana, bem como a arte contemporânea, através das influências do Movimento Armorial presentes nas obras dos artistas Daniel Samico e Bozó Bacamarte. O professor Saulo Nogueira destaca a oportunidade para os jovens criarem suas próprias peças, incorporando elementos das histórias em quadrinhos.

Com a participação da oficineira Dayse Luna, o evento é viabilizado pelo Ministério da Cultura, Centro de Integração Social e Cultural José Cantarelli, REC Cultural, e conta com o apoio do projeto Social Porãozinho dos Ventos e do Centro de Artesanato de Pernambuco. São oferecidas 20 vagas, com inscrições disponíveis através do formulário no perfil do Instagram @centrojosecantarelli.

Em resumo, a oficina proporciona uma imersão única na história e na produção artística dos azulejos portugueses, promovendo a expressão individual e coletiva dos participantes, enriquecendo o entendimento sobre essa forma única de arte que tem marcado a paisagem urbana recifense por séculos.