Na manhã desta segunda-feira, 27 de novembro, a governadora Raquel Lyra (PSDB) surpreendeu ao anunciar, durante o lançamento do Programa Juntos Pela Segurança, na Arena de Pernambuco, o fim das faixas salariais da Polícia Militar (PM) até o ano de 2026. A decisão, segundo a gestora estadual, busca restabelecer o princípio de hierarquia entre os bravos policiais.
A governadora afirmou que será enviado um projeto de lei à Assembleia Legislativa para oficializar a mudança, reconhecendo que, embora não seja uma decisão simples, é essencial para garantir a justiça salarial na corporação. "Não é simples porque aumenta o custeio dos salários, mas a gente vai devolver o princípio de hierarquia a esses bravos policiais", declarou Raquel Lyra.
A medida representa uma resposta a uma cobrança antiga dos profissionais da PM. O presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), sargento Luiz Torres, já havia discutido o tema em setembro deste ano durante uma entrevista ao programa Jornal do Portal de Prefeitura. Na ocasião, ele explicou que o salário inicial de carreira é de R$ 3.947,00, e os policiais passam, progressivamente, por cinco faixas salariais (categorizadas de A até E) ao longo de cinco anos, atingindo o teto de vencimentos.
Torres ressaltou a disparidade salarial entre policiais na ativa e os que estão na reserva, destacando que, atualmente, um primeiro sargento da ativa na faixa E, que representa o teto salarial, ganha quase mil reais a mais do que um primeiro sargento na reserva, classificado na faixa A. Essa discrepância salarial ao longo da carreira tem sido motivo de insatisfação entre os membros da PM.
Com o anúncio de Raquel Lyra, a expectativa é que a medida traga não apenas uma maior equidade salarial, mas também fortaleça o sentido de hierarquia e valorização dos policiais militares no estado de Pernambuco. O projeto de lei que oficializa o fim das faixas salariais da PM deverá passar pelo crivo da Assembleia Legislativa, onde será discutido e votado pelos representantes do povo.
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